“O campeão voltou!” Quem imaginaria que o tradicional bordão seria usado no primeiro reencontro entre a seleção brasileira e o palco da maior tragédia do futebol nacional, os 7 a 1 de 8 de julho de 2014. Os mais de 53.000 espectadores presentes ao Mineirão na noite desta quinta-feira puderam ir à forra com uma atuação irreparável do Brasil. O fantasma do Mineirazo foi exorcizado com os 3 a 0 sobre a Argentina. A noite de gala contou com gols de Philippe Coutinho, Neymar (seu 50º pela seleção) e Paulinho, gritos de olé antes dos 20 minutos do segundo tempo e ovações intermináveis para o camisa 10 e para o técnico Tite.
O primeiro gol foi uma pintura de Coutinho. Aos 24 minutos, o meia do Liverpool recebeu de Neymar do lado esquerdo, limpou a jogada para o meio e soltou a bomba, no ângulo esquerdo do goleiro. Golaço. O segundo veio só nos acréscimos da primeira etapa. Gabriel Jesus fez bela jogada e deixou Neymar na cara do gol. O camisa 10 só teve o trabalho de tirar de Romero para fazer 2 a 0. Paulinho fechou o placar já no segundo tempo.
As vaias e apreensão que a torcida brasileira viveu na derrota para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo, no mesmo estádio, foram substituídas por um clima de festa e confiança desde horas antes da partida. Graças ao bom futebol apresentado desde que Tite assumiu a seleção, a relação entre o torcedor e a equipe mudou da água para o vinho. E Neymar foi o retrato desta simbiose.
À vontade, o camisa 10 roubou todos os holofotes. Aqueles que esperavam assistir um duelo particular entre ele e Lionel Messi, acabaram voltando suas atenções apenas para Neymar. Se o argentino foi surpreendentemente muito aplaudido por quase todos os torcedores brasileiros no Mineirão – após vaias inclusive ao hino argentino –, quem mereceu todas as celebrações foi o brasileiro.
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