segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Carlito Lima e as entrevistas que incomodaram o regime militar Publicado em 26 de maio de 2015 por Edberto Ticianeli



Carlito Lima depondo na Comissão da Verdade em março de 2014

Carlos Roberto Peixoto Lima, ou Carlito Lima, ficou conhecido internacionalmente como escritor após ter lançado o livro Confissões de um Capitão, em 2001, pela Garamond, mas, o que poucos sabem é que antes de tornar-se celebridade como escritor, Carlito já tinha frequentado a mídia nacional por ter se colocado frontalmente contra a Ditadura Militar em 1979, quando já era capitão da reserva do Exército.
Hoje ele confessa que nunca imaginou que aquelas entrevistas tivessem tanta repercussão. “Naquela época foi nitroglicerina pura. Soube que a entrevista foi pauta de reunião do Alto Comando Militar”.

Carlito explica a ideia da entrevista surgiu numa conversa informal, de praia, com o jornalista Bernardino Souto Maior. Eles comentavam sobre o decreto do general Figueiredo que proibia militar da ativa ou da reserva de fazer pronunciamento político.
Como já estava na reserva, Carlito disse que ele tinha todo direito de exercitar sua cidadania e que aquilo eram os últimos suspiros do regime militar. Bernardino, como bom repórter, viu ali a chance de uma entrevista.
Assim, o semanário alagoano Desafio, que era comandado por jornalistas que fizeram história em Alagoas, conseguiu convencer a um capitão do Exército a falar contra a Ditadura Militar.
Desafio era produzido por Artur Gondim, Devis Melo, Freitas Neto e o próprio Bernardino Souto Maior.
A entrevista foi publicada no dia 4 de maio de 1979, no Desafio nº 75, que circulava até o dia 12 de maio. A chamada de capa era “Revolução decepciona capitão do Exército”. A seguir a entrevista na íntegra.

Carlos Roberto Peixoto Lima, Carlito, engenheiro, capitão R/1 do Exército, ex-prefeito de Barra de São Miguel, filho do general Mário Lima e descendente do Marechal Floriano Peixoto, figura conhecida na sociedade alagoana, desde a alta roda até os mais humildes, torcedor fanático do Fluminense do Rio e da Escola de Samba Unidos do Poço, onde todos os anos desfila no Carnaval.
Cursou a Academia Militar de Agulhas Negras, serviu em quase todas as regiões do Brasil: Ceará, Rio, Bahia, Pernambuco, Roraima, Amazonas, até vir de vez, em 1968, para Maceió, sua terra natal, onde está até hoje.

DESAFIO – Carlito, como é que fica sua situação? Você entrou na política e agora o general Figueiredo, em decreto, proibiu todos os militares, inclusive os da reserva, de se manifestarem politicamente?
CARLITO – Não sei. Inclusive penso em ser candidato a vereador em Maceió nas eleições de 80. Como vou dar o recado, se sou pela democracia plena, pelas eleições diretas, a favor da anistia total e irrestrita, e, mais que nunca, tenho a convicção de que a “Revolução” acabou?

Carlito Lima dá entrevista para jornais do sul do país em 5 de maio de 1979

DESAFIO – E agora, o Sr. continua na ARENA ou vai pro MBD?
CARLITO – Confesso que, quando me candidatei a prefeito de Barra de São Miguel pela ARENA, vi que era o melhor caminho de ganhar a eleição. Mas, francamente, sinto-me acanhado em dizer que pertenço aos quadros da ARENA. Devido às minhas convicções, não posso estar no partido que mantém o poder pela força, pelo regime militar. O poder tem que vir do povo, só a ele pertence.
DESAFIO – Como foi essa sua decisão de deixar o Exército e entrar na política?
CARLITO – Bem, depois de 16 anos de vida militar e algumas decepções profissionais e políticas, resolvi sair do Exército. Fazia a Faculdade de Engenharia quando o A1-5, em 1968, determinou a aposentadoria compulsória a todo militar que fosse subversivo, corrupto, pederasta ou eleito para algum cargo político.
Foi aí que vi a oportunidade de sair do Exército com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço. Das quatro opções, preferi a política. Eleito prefeito de Barra de São Miguel, fui automaticamente aposentado e hoje pertenço à reserva remunerada do Exército.
DESAFIO – Como se sentiu em sair do Exército, com regalias, mandando, tendo o poder, sendo cortejado, respeitado, para ficar do outro lado?
CARLITO – Quero esclarecer uma coisa. Quando rebentou a Revolução em 1964, eu era um jovem tenente crente e entusiasmado com o movimento militar, achava que era a solução para a esculhambação, a anarquia que reinava no país.
O propósito era segurar um ano para as eleições gerais em 1965. Servia na 2ª Cia. de Guardas em Recife, tropa de elite do IV Exército. Participei ativamente de várias missões com meu pelotão fortemente armado, eram missões espinhosas. Participei mesmo.
DESAFIO – Houve sangue, morte?
CARLITO – Onde participei não houve morte, mas muita correria, pedras de um lado, cassetete do outro e prisões. Mas houve sangue e morte em Recife.
DESAFIO – Não foi na 2ª Cia. de Guardas que ficaram preso o famoso Julião e outras figuras importantes da política pernambucana?
CARLITO — Foi. A 2ª Companhia de Guardas era o centro e o cérebro da Revolução, onde o coronel Ibiapina formou o quartel general dos IPMs. Todos os presos considerados importantes e perigosos ficavam lá. Quando estava de oficial de dia, era também carcereiro dos presos, Julião, Arraes, Gibraldo Coelho, Paulo Freire, Paulo Cavalcanti, Gregório Bezerra, Alfredo Ferreira Filho, Pelópidas da Silveira, entre outros…

DESAFIO – Sendo um “revolucionário autêntico”, como era essa relação com os presos políticos?
CARLITO – Fui mesmo um revolucionário, era um entusiasmado. O tempo foi passando, aí percebi o que já sabia, aqueles comunistas eram gente como a gente, tinham famílias bonitas e não comiam braços de criancinhas. Um cara como Miguel Arraes, governador e ali preso, comportava-se com uma dignidade impressionante. Balançou muito o meu coreto esse relacionamento diário com os presos.
Quando ficava de oficial de dia, conversava bastante com os presos políticos. Por formação, por índole, até por circunstância humanitária, sempre dava a atenção devida a todos. Procurava amenizar aquela situação. Nada a ver com convicções políticas. Os colegas oficiais me gozavam.
Existia a linha-dura dentro do Exército, diziam que eu era da linha esportiva, colorida. Quarta-feira era dia de visitas aos presos políticos. Recebíamos as famílias visitantes, que eram levadas para uma sala ampla, onde passavam a tarde em reunião familiar, conversando, recebendo comida e carinho, tão necessários numa hora como aquela.
Um dia, apareceu a filha de um preso. Começamos uma paquera, veio o namoro. O comandante, quando soube, só faltou implodir. Por essas e outras causas, terminei sendo transferido para a fronteira na Amazônia, entre Roraima e Venezuela, junto aos índios.
DESAFIO – E como os ex-colegas de farda lhe encaram hoje?
CARLITO – Quando a gente entra na Escola Militar, ganha uma família, os companheiros de turma que passaram seis anos dormindo e acordando juntos, estudando na mesma sala de aula, tendo os mesmos problemas, ficam amigos para o resto da vida. Mesmo divergindo politicamente, somos amigos.


Vladimir Palmeira, Guilherme Palmeira, Carlito Lima, Betuca, Quico e Lelé Lima no carnaval de 1966.

DESAFIO – Vamos agora para a política do estado. O nosso novo governador Guilherme Palmeira, diga alguma coisa sobre ele.
CARLITO – Antes de mais nada, quero esclarecer que Guilherme é um amigo, um companheiro de muitos anos, padrinho de casamento, entre outras coisas. Sei que no fundo é um democrata, um liberal. Ele não pode sair da linha traçada no Planalto, como qualquer outro governador. Mas garanto que torço pelo bom governo de Guilherme, pois, afinal de contas, é um representante de nossa geração e meu amigo.
DESAFIO – E o Senador Teotônio Vilela?
CARLITO – O caso é o seguinte: quando, daqui a alguns anos, bater papo com meus netos, vou dizer para eles: “Conheci e fui amigo de Teotônio Vilela. Teotônio é mais um alagoano que entra para a História do Brasil”.
DESAFIO — E Divaldo Suruagy, também entra para a História?
CARLITO – Divaldo é um cara inteligente, um político por profissão. Se Maquiavel fosse vivo, teria o que aprender com ele.
DESAFIO – E o general Figueiredo?
CARLITO – Pode entrar para a História, se conduzir a redemocratização e a anistia geral e irrestrita.
DESAFIO – E o prefeito Fernando Collor?
CARLITO – Minhas relações com Fernando são de amizade, famílias amigas desde a infância de minha mãe. É um homem viajado, inteligente, dinâmico, tem tudo para ser um bom prefeito. Só que está num cargo em que numa democracia, em eleição direta, ele jamais seria eleito. Pois o eleitorado de Maceió é oposicionista, exigente, consciente. Estaria lá na Prefeitura um homem com cheiro de povo. E Fernando cheira a Cabrochard (perfume francês) (risos).


ENTREVISTA À GAZETA DE ALAGOAS

Sabendo da publicação da entrevista no Desafio, Roberto Vilanova, outro grande repórter do jornalismo alagoano, também procurou Carlito e conseguiu uma boa matéria. A Gazeta de Alagoas de 5 de maio de 1979 publicou chamada na primeira página com foto: “Capitão do Exército dá entrevista e critica a Revolução e acha que vai ser preso“.

A entrevista na íntegra é a seguinte:

O capitão Lima, do Exército, filho do general Mário Lima e ex-carcereiro de Miguel Arraes, Julião e Gregório Bezerra, quando era tenente em Recife, fez declarações políticas criticando os 15 anos de Revolução e conclamando os militares a voltarem para os quartéis, porque a sociedade já não os agüenta mais.
ROBERTO – Como é que o Sr. define a situação política do Brasil, depois de 15 anos de Revolução?
CARLITO – A Revolução aconteceu, ajudei a fazê-la em 1964, como oficial do Exército da tropa de elite do Recife, a 2° Cia. de Guardas. Mas a Revolução não atingiu os objetivos a que se propôs, primeiro a garantida da eleição para presidente em 1965. Descambou por outros caminhos diferentes. Não é mais possível impor à nação outros 15 anos de militarismo. O nosso país está amadurecido e os militares devem voltar urgentemente aos quartéis, mesmo sem cumprir a missão a que se propuseram.
ROBERTO – Quer dizer que o Sr. se sente frustrado?
CARLITO – Exatamente. E tenho medo de que meus filhos venham mais tarde a me indagar com o que contribuí.
ROBERTO – Como político, o Sr. se situa na direita, centro ou esquerda?
CARLITO – Sou apenas um democrata e acredito no seguinte: o Poder deve emanar do povo e fora disso tudo é ilegítimo.
ROBERTO – Mas o senhor acabou de dizer que apoiou a Revolução.
CARLITO – A Revolução tinha um objetivo, garantir a eleição de 1965, e está aí ha 15 anos os militares no poder. O presidente Marechal Castelo Branco era um democrata convicto. Mas depois dele veio o Marechal Costa e Silva, depois o general Médici, da linha-dura. A Revolução trilhou por outros caminhos e não dá mais para fazer experiências. Já se tem uma geração aí que se formou sob o regime de exceção.
ROBERTO – Qual era o seu papel, a sua função na 2° Cia. de Guardas?
CARLITO – Comandante de Pelotão. Era 1º tenente e a Companhia de Guardas era comandada por um capitão.
ROBERTO – Por que a 2ª Cia. de Guardas ficou famosa no âmbito do IV Exército?
CARI.ITO – A 2ª Cia. de Guardas é uma tropa de elite. Para que um soldado seja incorporado, tem de preencher algumas exigências, inclusive ter, no mínimo, 1,70 m de altura.
ROBERTO – Qual a impressão que ficou dos presos políticos?
CARLITO – Com o contato direto, enxerguei a verdade, eram apenas uns idealistas, gente normal. E o que defendiam, o que chamavam de idéias comunistas, é hoje bandeira da Igreja Católica, de D. Paulo Evaristo Anis: acabar com a fome, o desemprego, as injustiças sociais.
ROBERTO – Qual dos presos mais o impressionou?
CARLITO – O Julião. Quando falava, era com alma, dizia estar ali por fazer parte da vida de um revolucionário, era caso de fé íntima. O Arraes também me impressionou pela dignidade de conduta. Como Paulo Cavalcante, Paulo Freire e outros.
ROBERTO – Seu pai é general da Reserva, que se manteve afastado da política. Será que não fica chocado pela sua posição de militar dissidente?
CARLITO – Meu pai tem uma idéia, eu tenho outra. Ele nos criou assim. Ele me respeita e eu o respeito. Tanto ele como eu fomos entusiasmados no Exército.
ROBERTO – O Sr. está decepcionado?
CARLITO – De certa forma, sim.
ROBERTO – O Sr., fazendo essas declarações políticas, deve estar consciente de que será preso. Alguém lhe garante a bronca?
CARLITO – Tenho consciência que posso ser preso. Mas tem problema, não.
ROBERTO – É verdade que o Sr. namorou a filha de um preso político?
CARLITO – É, e deu um bolo danado. O meu comandante implodiu. O mundo quase desabou quando souberam. Fui transferido para a fronteira amazônica, entre o território de Roraima e a Venezuela, sediado em Boa Vista.
ROBERTO – Para finalizar, o que o Sr. deixa de recado?
CARLITO – Entreguem o Poder ao civil. O Poder tem de emanar do povo, fora disso tudo é ilegal, tudo é ilícito. É preciso ajudar o país e esse continente latino, tantas vezes espoliados pelos colonizadores, e agora pelas multinacionais.


IMPRENSA NACIONAL REPERCUTE
As duas entrevistas tiveram repercussão imediata em todo o país. Os principais jornais do Brasil procuraram Carlito para outras entrevistas. Ele revela em seu livro Confissões de um Capitão, que após dar várias declarações, se sentiu usado e resolveu se esconder um pouco em Recife, onde passou uma semana.
Os principais jornais do país assim repercutiram as declarações do Carlito Lima.

Jornal do Commercio, Recife, 5 de maio de 1979:
CAPITÃO DIZ QUE SERÁ PRESO, MAS VAI PARA O MDB
“O capitão do Exército Carlos Roberto Peixoto Lima, ex-carcereiro de Arraes e Julião, anunciou ontem sua filiação ao MDB e conclamou os militares a voltarem aos quartéis.”
Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 5 de maio de 1979:
“Sr. Carlos Roberto Peixoto Lima, que foi, quando capitão da ativa, carcereiro de Julião, Arraes e Gregório Bezerra, anunciou, ontem, sua filiação ao MBD, para concorrer à eleição de vereador na capital. Conclamou os militares a voltarem aos quartéis, por achar que não é mais possível se passar outros anos de experiências com um regime que não deu certo…”

Outras matérias foram publicadas no Diário de Pernambuco, Jornal da Bahia, O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo, O Globo, A Tarde da Bahia e até nos EUA ouve publicação.

No Jornal do Commercio de 5 de maio de 1979, surge a primeira manifestação de políticos favoráveis às posições defendidas por Carlito. Matéria com a opinião de um vereador:
CARLOS DUARTE ANALISA AÇÃO DO CAPITÃO LIMA
“O capitão Lima, por sua entrevista, vê-se que é um homem honesto, dos muitos que se equivocaram em 1964. Não importa que tenha sido por dever de ofício, carcereiro de presos políticos na época da Revolução. O importante é que não consta que, sendo carcereiro, foi um espancador como muitos militares que se transformaram em verdadeiros capitães do mato, com a triste experiência desses seculares 15 anos de ditadura fascista. A afirmação é do ex-vereador de Recife e advogado Carlos Duarte, que foi preso na Revolução de 1964 e hoje cuida de todos os bens do ex-governador Miguel Arraes.
Ele se convenceu de seu erro, e, fiel à sua consciência de homem sem formação política ou filosófica, que acreditava salvar o Brasil com metralhadoras, prisões e banimentos, procura hoje redimir-se, pública e humildemente, de seu grande erro. O gesto do capitão Lima é de ‘respeito ao povo’, reputando-o como o único real dirigente dos destinos nacionais.”



General Mário Lima, pai do Carlito

Mas nem todo mundo concordava com Carlito. No Jornal do Brasil de 6 de maio de 1979, a discordância vem do próprio pai do Carlito:

GENERAL DISCORDA DO FILHO, QUE PEDIU VOLTA DOS MILITARES AOS QUARTÉIS
“Maceió — O general da Reserva Mário Lima, pai do capitão R/1, Carlos Roberto Peixoto Lima, que vai se filiar ao MDB e fez declarações pedindo a volta dos militares aos quartéis, discordou das colocações de seu filho sobre a Revolução de 1964, mas garantiu que lhe dará apoio “como pai e amigo que soube criar com liberdade.”

A Gazeta de Alagoas de 6 de maio de 1979, também informa sobre os desdobramentos da entrevista:
ENTREVISTA DO CAPITÃO QUE CRITICOU A REVOLUÇÃO TEVE REPERCUSSÃO NACIONAL








“Até o empate de zero a zero, no jogo de botão com seu filho Henrique, tirou a normalidade do dia do Cap. Lima, acordado às 7 horas com telefonema de Salvador, seguida de outro do Recife, pela repercussão nacional que alcançou sua entrevista pedindo a volta dos militares aos quartéis e dizendo que ia se filiar no MDB. Já à tarde, o volume de telefonemas chegou a tal número que decidiu sair de sua residência, embora sabendo que iria frustrar muitos amigos de outros estados e de Maceió, que telefonavam para se solidarizarem pelas declarações publicadas…”

No Jornal de Alagoas de 6 de maio de 1979 aparece a primeira solidariedade de um político alagoano. O deputado estadual Renan Calheiros teve uma posição corajosa, um gesto que Carlito Lima faz questão de lembrar com gratidão.
RENAN DIZ QUE CAPITÃO É UM EXEMPLO A SEGUIR
“Afirmando que o exemplo do capitão Carlito Lima deve ser seguido por vários outros democratas, em conseqüência dos 15 anos de ditadura, o deputado Renan Calheiros pronunciou-se a respeito da entrevista prestada por aquele militar, na qual faz declarações políticas criticando a Revolução.
‘Democratas que participaram de sua própria consumação, insatisfeitos com a situação vigente, abandonam as hostes do partido do governo, o capitão Carlito Lima comprova o alegado. Este exemplo deve ser seguido por vários democratas conseqüentes, que 15 anos de ditadura não o fizeram recuar.
Depois do golpe de 1964, não vejo como fazer previsão, pois contra regime de força não há argumento. Não acredito, entretanto, que as verdades retratadas por Carlito respaldem em prisão. Se assim o fosse, já estariam encarcerados vários militares, que não se dobram à ditadura’.”


A coluna “Alta Prioridade”, do jornalista Alberto Jambo, publicada no Jornal de Alagoas, também se posiciona favorável às ideias do Carlito Lima.
” O semanário Desafio, que aqui se edita, em sua última edição divulga um depoimento de um homem simples que, a despeito da singeleza do que nele se contém, encerra, se não verdades absolutas (pois que estas não existem) mas conceitos que se aproximam claramente do bom senso”.

Carlito não foi preso
Mesmo sendo algo esperado por todos, Carlito não foi preso e nem candidato a vereador. O IV Exército enviou para ele um ofício confidencial perguntando se as declarações eram realmente dele. Carlito respondeu, também por ofício: “Respondo afirmativamente”.
Esse é o grande Carlito, o Duque de Jaraguá.


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