sexta-feira, 12 de junho de 2015

UM TEXTO DE RONALD MENDONÇA

A ALEGRIA DE ESCREVER E DE SER LIDO

RONALD MENDONÇA
MÉDICO E MEMBRO DA AAL

Folheio com alegria “Eternizando”, crônicas que compõem o novo trabalho do escritor Rostand Lanverly e ratifico o que já sabia:  trata-se um cronista de primeira linha. Semanalmente, Alberto Rostand Lanverly honra-me com o envio da matéria, antes mesmo de ser publicada. O meu companheiro da Academia Alagoana de Letras, é, antes de tudo, um homem apaixonado.
Sem falar na paixão que dedica aos pais, à esposa e aos filhos e netos, exposta em emocionantes textos, Lanverly entrega-se com ardor ao ofício de escrever. Com efeito, é visível o sentimento transbordante, mesmo quando escreve sobre uma ponte ameaçada de ruir.
O nome é o destino (Nomen Est Omen). O autor de “Eternizando” carrega nomes vigorosos. Quando se fala em “Alberto”, surgem logo dois: o da aviação, A. Santos Dumont, um engenheiro prático inventivo e obstinado que, com seu 14 Bis. espantaria o mundo. O outro Alberto, o Einstein, criou nada menos que a Teoria da Relatividade e imortalizou-se. Com Da Vinci e Michelangelo forma uma “trinca de ouro” da genialidade universal.
O “Rostand” tem como o maior representante o escritor e teatrólogo Edmond Rostand, membro da Academia Francesa e autor da peça Cyrano de Bergerac. Quero imaginar o peso da responsabilidade do menino Alberto Rostand, querendo fazer jus aos homônimos que o precederam.
Quer-se crer que se saiu bem. É competente engenheiro, mister de onde retira o seu  sustento. A Literatura – satisfazendo o pedaço “Rostand” – é um deleite. Não pertence à Academia Francesa (lá não se aceita estrangeiro), mas integra todas as grandes Academias Literárias do torrão natal. Do modo como brinca com as palavras, escrever é uma Disney.
Fazendo jus ao estilo crônica, “que deve ser lida entre um gole de café e a mordida no pão”, nosso Alberto Rostand, semanalmente, brinda seus leitores com textos gostosíssimos. (Não esquecer que “o cronista é o poeta do quotidiano”). Com frequência, imiscui-se dentro da crônica, como convém aos grandes do ramo.
Não li (reli) todas as crônicas. Degustei algumas, aguçando o paladar. Seria um desrespeito para com este homem delicadíssimo, adquirir o livro e não ter o interesse de fixar-se porque já não era novidade.

Finalmente, admito, de muitas das crônicas de Rostand Lanverly, de tão bem feitas, de tão bem concatenadas, eu gostaria de ter sido o autor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário