quinta-feira, 11 de junho de 2015

Dilma diz que inflação 'preocupa bastante' e tem de ser derrubada logo Na Bélgica, presidente comentou a escalada da inflação nos últimos meses. G1

A presidente Dilma Rousseff acena ao sair da cúpula EU-Celac, que integra países da União Europeia, da América Latina e do Caribe, em Bruxelas, na Bélgica (Foto: François Lenoir/Reuters)Dilma acena ao sair da cúpula EU-Celac, que integra países da União Europeia, da América Latina e do Caribe, em Bruxelas, na Bélgica. (Foto: François Lenoir/Reuters)
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (11), em Bruxelas, que a inflação "preocupa bastante" e tem de ser derrubada "logo". Segundo a petista, o Brasil "não pode e não vai" conviver com uma alta taxa de inflação.
A inflação oficial do país, calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,74% em maio, informou nesta quarta (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa para o mês desde 2008, quando ficou em 0,79%. O índice foi puxado principalmente pela conta de luz e pelos alimentos.
[A inflação] preocupa bastante, porque inflação é um objetivo que temos de derrubar, e derrubar logo. O Brasil não pode conviver com taxa alta de inflação. Não pode e não vai"
Dilma Rousseff, presidente da República
Nos últimos 12 meses, o índice atingiu 8,47% – maior taxa para 12 meses desde dezembro de 2003, quando foi de 9,3%, e mais do que nos 12 meses imediatamente anteriores, quando foi de 8,17%. Em abril, a variação foi de 0,71% – a menor taxa entre os meses de 2015. Em maio de 2014, o IPCA havia registrado taxa de 0,46%.
"[A inflação] preocupa bastante, porque inflação é um objetivo que temos de derrubar, e derrubar logo. O Brasil não pode conviver com taxa alta de inflação. Não pode e não vai", ressaltou a chefe do Executivo em uma entrevista coletiva concedida durante durante a II Cúpula União Europeia – Celac, na capital da Bélgica.
Nesta quarta (10), em entrevista exclusiva ao Jornal Nacional, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, declarou que o comportamento dos preços tem de ser acompanhado o “tempo inteiro”. Segundo ele, ter uma inflação baixa protege as pessoas de menor renda.
“A gente tem que trazer a inflação para 4,5% [meta central para este ano e para 2016]. Uma inflação alta cria incertezas, ela inibe os investimentos além de ser uma forma que em geral as pessoas com menor renda acabam tendo um impacto maior na vida delas do que nas outras”, observou o titular da Fazenda.

Ela disse que um dos motivos da elevação dos preços no país é a estiagem que atinge algumas regiões. A seca, destacou Dilma, afetou o preço dos alimentos.
Consumo

Apesar da escalada da inflação, a presidente da República defendeu que a população continue consumindo. Na avaliação da petista, a inflação neste ano é "atípica", "fruto de várias coisas".
"Não acho que a população tem de consumir menos. Pelo contrário, a população tem de continuar consumindo. A inflação neste ano é atípica. Ela é fruto de várias coisas. Nós continuamos com dois problemas. Um é a seca. A seca atingiu de forma absolutamente atípica o Brasil", disse a presidente.
'Marola'
Dilma Rousseff também disse nesta quinta que a "marola" que o Brasil enfrentou com a crise econômica internacional de 2008 se acumulou e virou uma "onda". Ela fez o comentário ao ser indagada sobre se os efeitos da crise americana no Brasil ainda eram uma "marolinha", como havia classificado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Para nós, naquele momento [em 2008], foi, sim, senhor [uma marola]. Óbvio. Depois, a marola se acumula e vira uma onda", disse Dilma.

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