Jonathas Maresia
O presidente da Câmara de Maceió, vereador Kelmann Vieira (PMDB), afirmou, no começo da tarde desta sexta-feira (15), que a prefeitura desistiu de abrir mais ruas no Corredor Vera Arruda, no bairro de Jatiúca. O objetivo era aumentar o tráfego de veículos na região e, com isso, desafogar outras vias de acesso ao bairro. A proposta, porém, não foi bem recebida pelos moradores, que chegaram a realizar um protesto no último fim de semana.
De acordo Kelmann Vieira, em reunião realizada nesta quinta-feira (14), os secretários municipais de Planejamento, Manoel Messias, e do Meio Ambiente, David Maia, anunciaram que a prefeitura decidiu voltar atrás da decisão, mantendo intactas as ruas do entorno do Corredor Vera Arruda.
“Sempre acreditei que a abertura das ruas descaracterizaria o lugar. Por isso, procurei dialogar com a prefeitura para que o projeto fosse revisto”, disse o presidente da Câmara em sua página oficial no Facebook.
Contudo, ainda segundo o vereador, a proposta de levar os cerca de dez food trucks - hoje instalados na área de estacionamento do antigo Alagoinhas Iate Clube - para o Corredor Vera Arruda permanece. “O prefeito ainda analisa como vai resolver esta questão dos food trucks”, complementou Vieira, após o encontro que também contou com a participação de representantes da comunidade.
A reportagem também buscou contato com o secretário municipal de Planejamento, Manoel Messias, mas a assessoria de comunicação da prefeitura informou que o Município ainda deve se manifestar oficialmente sobre a decisão.
Protesto
No protesto promovido pela comunidade no último sábado (09), os moradores se uniram em um abraço simbólico no Corredor Vera Arruda, adiantando que acionariam o Ministério Público contra as modificações, por meio de uma representação contra a Prefeitura de Maceió. O ato também reivindicava a não instalação no local dos denominados food trucks, além da construção de uma pista de skate.
Na oportunidade, Carlito Lima, um dos moradores da região, disse que o projeto da prefeitura comprometeria uma das principais áreas de lazer da capital. "Moro aqui há dez anos. Meus netos cresceram e se criaram aqui. A construção de ruas no corredor prejudicaria toda a área verde do local. Temos de preservar este espaço de convivência", analisou.
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