quarta-feira, 20 de maio de 2015

Em derrota de Dilma, Senado rejeita embaixador indicado para OEA -FOLHA

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o embaixador Guilherme Patriota, irmão do ex-chanceler Antonio Patriota
o embaixador Guilherme Patriota, irmão do ex-chanceler Antonio Patriota

Em um recado à presidente Dilma Rousseff, o Senado rejeitou nesta terça-feira (19) a indicação do embaixador Guilherme Patriota para ocupar o cargo de representante do Brasil na OEA (Organização dos Estados Americanos). Por 37 votos favoráveis e 38 contrários, o Senado barrou o nome de Patriota –que é irmão do ex-ministro Antônio Patriota (Relações Exteriores) –em votação secreta.
É a primeira vez na história que o Senado rejeita um diplomata de carreira indicado pelo governo, segundo informações do comando do Senado e da Comissão de Relações Exteriores da Casa. O embaixador já serviu em missões na própria OEA, na Aladi (Associação Latino-Americana de Integração) e em embaixadas no exterior.
Com a derrota de Patriota, a presidente Dilma terá que fazer uma nova indicação para a organização. O indicado será submetido a sabatina na CRE (Comissão de Relações Exteriores do Senado), como ocorreu com Patriota, e terá que ser aprovado pela comissão e pelo plenário da Casa. Até lá, a vaga do Brasil na OEA permanece em aberto.
O nome de Patriota foi aprovado na semana passada por apenas um voto de diferença na CRE –com 7 votos favoráveis e 6 contrários –numa sinalização do que poderia ocorrer no plenário.
Nos bastidores, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), trabalhava contra a indicação de Patriota para a OEA, assim como fez, sem sucesso, movimento contrário à indicação do advogado Luiz Edson Fachin para o STF (Supremo Tribunal Federal). O embaixador foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para o cargo na OEA. Antônio Patriota conduziu o Itamaraty em parte do primeiro mandato de Dilma.
Como a votação é secreta, os senadores aproveitaram o sigilo para mandarem um recado para a presidente: de que estão insatisfeitos com o Palácio do Planalto e podem colocar em risco projetos que interessam ao governo no Congresso.

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