A Câmara dos Deputados criou comissão especial para analisar projeto do deputado Jean Wyllys (PSol-RJ) que regulamenta a prostituição como a atividade dos profissionais do sexo.
Segundo o deputado, o projeto de lei nº 4211/12 garantirá a esses profissionais o acesso à saúde, ao direito do trabalho, à segurança pública e, principalmente, à dignidade humana, tirando a profissão da marginalidade.
De acordo com a proposta, profissional do sexo é toda pessoa capaz e maior de 18 anos que, voluntariamente, presta serviços sexuais mediante remuneração. O pagamento pela prestação dos serviços será exigível juridicamente a quem os contratou.
Eles poderão atuar de forma autônoma ou em cooperativa e terão direito a aposentadoria especial com 25 anos de serviço. O autor da proposta lembra que a prostituição remonta à Antiguidade e perdura até hoje, mesmo sofrendo exclusão normativa e condenação moral.
"É de um moralismo superficial causador de injustiças a negação de direitos aos profissionais cuja existência nunca deixou de ser fomentada pela própria sociedade que a condena", diz o parlamentar.
O texto veda a exploração sexual, definida como a apropriação por terceiros de mais de 50% do rendimento da prostituição; o não pagamento pelo serviço prestado; ou a prática da prostituição forçada por violência ou grave ameaça.
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