sábado, 16 de agosto de 2014

Com 114 anos, idosa do Paraná procura filhas em Alagoas Filomena Maria da Conceição, deixou duas filhas em União dos Palmares há 59 anos. GAZETAWEB

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Audição vagamente prejudicada, visão cansada, mobilidade comprometida nos últimos dois meses, com 35 quilos em um pouco mais de 1,50 metros. Características estas que representam certa debilidade, porém, por se tratar de uma pessoa com certidão de nascimento de 1900, torna-se algo irrelevante.

Filomena Maria da Conceição, 114 anos, passa os dias sentada em uma cadeira de área, em Douradina (PR), enrolada em uma coberta e, sonhando em reencontrar duas filhas deixadas, há 59 anos, em União dos Palmares – cidade da zona da mata, situada a cerca de 70 quilômetros de Maceió (AL).

A supercentenária, denominação dada às pessoas com mais de 110 anos, lembra pouco da infância, no entanto, o que não consegue apagar da memória foram os anos de sofrimento diante do marido, a quem a tinha como propriedade ainda desde os 15 anos.

“Sempre trabalhei na lavoura, apanhava de meu marido e não aguentava viver com meus seis filhos naquela miséria. Meu marido tinha outra mulher, então aceitei o convite de um irmão para vir ao Paraná em 1966”, lembra, com auxílio da filha Tereza Filomena dos Santos, 68.

Filomena diz que se estava difícil em Alagoas, no Paraná tudo piorou. Como boia-fria sustentou os quatro filhos que a acompanhou. “Muito sofrimento, trabalho duro de sol a sol para viver”, observa. Iletrada e com a memória confusa, Filomena nada sabe sobre a importância histórica de sua cidade de origem.

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