QUATRO LIÇÕES E UMA COPA
Os irmãos norte americanos James e Addie Miller aprovaram apresentação de capoeira (Foto: Luna Markman/G1)
O Brasil vive um parêntese lúdico. Colorido e sonoro. A Copa. Calçou chuteiras. Vestiu a camisa amarela. Com a desconfiança alegre de sempre. E, sem desafiar fatos, já toma quatro lições.
Primeira: somos uma comunidade de destino. Aqui se planta e se colhe. Aqui corre um cimento social que tem hino, história e bandeira. É uno na diversidade cultural. Luso-afro-indígena. A Copa mostrou isso. Como uma metáfora de família.
Segunda lição: a coesão social é maior do que a fragmentação política. Sim, somos capazes de nos unir acima das distâncias partidárias. Apesar do discurso de campanha, inconsequente, do “nós e eles”. Somos uma democracia que funciona. Temos instituições que se consolidam no tempo. E na perseverante prática cotidiana. Na energia do contraditório. Que sabe fazer a síntese no azul de cada manhã. A Copa evidenciou isso.
Segunda lição: a coesão social é maior do que a fragmentação política. Sim, somos capazes de nos unir acima das distâncias partidárias. Apesar do discurso de campanha, inconsequente, do “nós e eles”. Somos uma democracia que funciona. Temos instituições que se consolidam no tempo. E na perseverante prática cotidiana. Na energia do contraditório. Que sabe fazer a síntese no azul de cada manhã. A Copa evidenciou isso.
Terceira lição: somos o país do futebol que protesta contra o futebol? Não. Somos o país do futebol que protesta contra a corrupção das arenas de futebol. Gostamos de futebol e fazemos dele uma forma de arte. Somos contra ladrões do povo. Somos o país que sabe sorrir e se rebelar. Aplaudir e vaiar. A Copa ouviu isso.
Quarta lição: na extraordinária visibilidade da Copa, conta menos o saldo econômico do turismo. E conta mais o superávit cultural do acolhimento. Mostramos que sabemos ser anfitriões. Que pagamos o refrigerante da turista que só tem dólar e ia ficar com sede. Mostramos que sabemos olhar o outro. Sabemos compartilhar nossa casa. Com discreto orgulho. A Copa é principalmente isso. Gostamos de gente.
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