quinta-feira, 1 de maio de 2014

SANDOVAL CAJU por PAULO RAMALHO



Sandoval Caju era Paraibano, nascido na Cidade de Bonito de Santa Fé, alto sertão do Estado da Paraíba.
Veio a Maceió, visitar um irmão que aqui estudava Direito e fazia três anos que não se avistavam.

Havia programado a volta em aproximadamente quinze dias, porém ficou por quarenta e sete anos, quando faleceu no dia 23 de março de 1974, portanto no domingo passado vinte e três, estaria fazendo quarenta anos de sua morte.
Era radialista, poeta e exímio contador de histórias.
Existem inúmeras histórias a seu respeito, entre tantas outras, ainda na Paraíba, como radialista, estava irradiando um sepultamento, naquela época a cova aberta no chão.
Aproximou-se tanto da cova, e devido a grande multidão, escorregou e caiu na cova, dizendo de imediato: estamos irradiando diretamente do buraco do defunto.

Foi locutor aqui em Maceió com o Programa Incendiário de Auditório, o Palito de Fósforo.
Quando de sua campanha para Prefeito de Maceió, é que tem muita história para contar.
Em comício na Praça Deodoro, ao iniciar o discurso, pediu permissão ao Marechal Deodoro para iniciar, silêncio total, quem cala consente, e iniciou.
Em outra oportunidade, vestido de banco, iniciou dizendo que tinha vindo de banco para ser mais claro, e por ai vai.

Quando de sua gestão na Prefeitura de Maceió, aconteceu um torneio interestadual de esporte universitário, então os universitários convidaram o Prefeito a fim de participar da recepção a Delegação Gaucha que estaria chegando à Praça Sinimbu, onde funcionou inicialmente a Faculdade de Engenharia e que deu lugar a Reitoria.
Estavam desejando a boas vindas aos Universitários Gaúchos, quando um alagoano falou no ouvido do Gaúcho, para ele perguntar ao Prefeito qual o significado daqueles Ss.
Em tão o Gaúcho perguntou ao Prefeito qual o significado dos
Ss. ?
Onde, perguntou o Prefeito?
No banco?
Ele respondeu, sente-se.
Na caquera?
Ele respondeu, sorria.
Na escada do rela?
Ele respondeu, suba.
Dirigiram-se ao mijãozinho, estátua na borda de uma pequena piscina, então o Gaúcho perguntou, e esse aqui no fundo da piscina?
Ele perguntou, qual é a cor?
O Gaúcho respondeu, preta.
Então o Prefeito disse: suma, vamos embora.
Na época estava chegando ao fim da moda de barba e cabelo grande, e estava surgindo o paletó aberto atrás e o Prefeito dizia com muita propriedade:
“Se Jesus descesse do Céu de barba feita, cabelo cortado, e paletó aberto atrás, consertaria esse Pais.”
Isso a mais ou menos cinqüenta anos, e hoje que diria!!!


Paulo Ramalho

Nenhum comentário:

Postar um comentário