terça-feira, 22 de abril de 2014

Parkinson de diversões - BLOG DO MORRIS


O cineasta, com Parkinson há 14 anos, nos recebeu em seu apartamento, no Rio (Daniel Marenco/ Folhapress)
O cineasta, com Parkinson há 14 anos, nos recebeu em seu apartamento, no Rio (foto Daniel Marenco)
Por Tracy Segal
Assim que se abre a porta do elevador o visitante é recepcionado ainda no hall de entrada por um cartaz de cinema com Leila Diniz  e Paulo José, “Edu Coração de Ouro” – o segundo longa de Domingos de Oliveira, depois de “Todas as mulheres do mundo”.  Entrando em seu apartamento no quarteirão da praia no Rio de Janeiro vemos o cinema e o teatro estampado em fotos, cartazes e prêmios.
No escritório com vista enviesada para o mar do Leblon, sentado em sua poltrona estava Domingos de Oliveira.
Com um Parkinson que ralenta seus movimentos físicos mas não segura a rebeldia da cabeça veloz,  Domingos contou que tem um filme pronto para ser lançado com Fernanda Montenegro no elenco (segundo ele seu melhor filme), outro previsto para ser rodado ainda este ano, uma autobiografia saindo depois da Copa, além de duas peças que está ensaiando, aos seu incansáveis 77 anos.  “Isso por que somente trabalho nas horas vagas. É que tenho muitas horas vagas.”
Falamos  de arte,  vida,  velhice, morte, amor – e o convívio com a doença. “Continuarei afirmando grandiloquentemente que a vida é bela.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário