sexta-feira, 25 de outubro de 2013

UM TEXTO DE RONALD MENDONÇA

JUAN

RONALD MENDONÇA
MÉDICO E MEMBRO DA AAL


Não foi sem entusiasmo que assisti à parte do humorístico na TV em que pândegos revezaram-se em falas ufanísticas. Até Lula deu o ar da graça. Nosso guru é impagável. Embora desmemoriado, logo  vê-se que a doença não alterou sua visão. Leu o texto hilário direitinho, quase sem gaguejar.
Há controvérsias seo bolsa família (que um dia ele próprio comparou ao “espelhinho de Cabral tapeando os índios”) seria como bolo: “quanto mais se bate, mais ele cresce”. O papador das viuvinhas dos sindicalistas blefa. O “BF” cresce quando D. Dilma tem sua gestão rejeitada segundo as pesquisas de opinião. Aí alguém cochicha para ela ampliar os beneficiários. No outro dia seu nome sai bombando.
Hoje em quase lua de mel, ainda ontem nossa Dilma mastigava jiló. Uma longa e vergonhosa vaia a saudaria, diante do presidente da FIFA, um boquirroto de carteirinha. O mundo todo comover-se-ia com o ar tristinho de madame. Povo ingrato que não respeita uma lady. Com certeza, as vaias tinham o patrocínio do capital estrangeiro e o apoio da imprensa hegemônica e golpista. Acuada e traumatizada, madamepassaria a ter pânico de conglomerados humanos. Graças a Deus voltou a sorrir.
Em meio à alacridade, o coração inquieta-se. Cadê os meus ídolos? Onde andará meu guerrilheiro predileto Zé Dirceu, o Zé Paraná? Imagino sua decepção, naquela apartamento insalubre da Higienópolis. Que foi feito de Genoíno, meu eterno presidente, um homem acima de qualquer suspeita? E o doce Silvinho Land Rover? E o bom Delúbio, o tesoureiro-mor? São muitas lembranças...
Como diz a assessora sexual, Rose, a fila anda. O competente ministro da Saúde também teve momentos de Tony Ramos. Uma coisa linda! Ali, juntinho de uma anciã, jurando que, agora sim, ela teria digna assistência com os amáveis cubanos. Nunca esquecer: bolsa família e Mais Médicos são os cavalos de batalha do governo.
O fato é que o País mudou desde que Juan, o iluminado imigrante cubano, aqui desembarcou. Aliás, justíssima homenagem, como desagravo, lhe foi prestada por madame Dilma. A medicina tupiniquim tem novo marco: antes e depois de Juan. Manancial inesgotável de conhecimentos, sussurra-se até que fora sondado para contribuir com o Sírio Libanês, como assistente do Dr. Kalil, o médico meio-campo das estrelas. Juan faria o rapapé com a rafameia: Aurélio Top-Top, Rui Falcão, Lobão, dentre outros.


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