terça-feira, 29 de outubro de 2013

Roberto Carlos: certíssimo e erradíssimo (ou: ao contrário do que diz RC, biógrafo não é nem jamais será “dono da história” do biografado…) BLOG DO GENETON

Roberto Carlos: certíssimo ao querer lançar uma autobiografia. Por que não?
Roberto Carlos: erradíssimo ao dizer que um biógrafo “passa a ser dono da história” do biografado.
E erradíssimo mil vezes ao fazer o papel de polícia da ditadura e mandar recolher um livro que não traz uma linha, uma palavra, uma sílaba sequer de calúnia, injúria ou difamação. Já se disse mil vezes, mas não custa repetir: triste, triste, triste.
O “x” da questão é este: pobre do país em que a lei permite que um trabalho jornalístico correto e embasado possa ser censurado, recolhido, trancafiado num galpão ou simplesmente incinerado. Prévia ou não, o que aconteceu ali foi censura. Não há outra palavra: censura, censura, censura – algo abominável numa democracia. Já que tantos argumentos são repetidos, não custa repisar esta palavra: abominável, abominável, abominável.
A declaração de Roberto Carlos ao Fantástico deste domingo traz um equívoco espetacular:
“O biógrafo também pesquisa uma história que está feita pelo biografado. Não cria uma história. Faz um trabalho e narra aquela história que não é dele – é do biografado. A partir do que escreve, ele passa a ser dono da história. Isso não é certo. Isso, na minha opinião, não é justo”.

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