Baleado e dentro do carro que seguia para o Hospital Municipal de Paulínia (SP) na noite do último sábado (6), Daniel Pellegrine, o MC Daleste, pediu para ser fotografado porque queria, após uma esperada recuperação, ‘brincar’ com o fato de levar um tiro e resistir. A informação é de Rogério Rodrigues de Oliveira, produtor que contratou o funkeiro para o show no CDHU do bairro San Martin, em Campinas (SP). O artista, que cobrou R$ 5 mil pelo show de 20 a 30 minutos, foi atingido por um disparo no abdômen e não resistiu.
“Daleste entrou consciente no carro e disse que queria uma foto para depois brincar com ela”, lembra o produtor, que prestou depoimento nesta quinta-feira (11) no Setor de Homicídios da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), em Campinas. Questionado pelos amigos sobre quem poderia ser o autor do disparo que o matou, o cantor de funk teria dito que desconhecia quem teria interesse na morte dele. “Ele não levantou nenhuma suspeita”, completa Oliveira.
O produtor contou ainda que entregou para a Polícia Civil uma foto tirada por ele. Nela, seria possível ver a bala saindo do corpo de Daleste. Questionado pelos jornalistas se o cantor teria algum inimigo na cidade, Oliveira disse desconhecer. “Nunca soube de nada. Já produzi 16 shows do Daleste na região, oito deles em Campinas. Ele cantou para 20 mil no DIC e nunca ocorreu nada”, responde.
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