Fortunado Badan Palhares, o médico-legista que chefiou a equipe de peritos que fizeram o primeiro laudo sobre as mortes de Paulo César Farias, PC Farias, e da namorada, Suzana Marcolino, afirmou nesta quarta-feira (8) no júri popular de quatro policiais que respondem pelo crime que não houve duplo homicídio no caso, ocorrido em 1996.
“Hoje não tenho nenhuma dúvida”, afirmou. “Absolutamente nenhuma.” O júri será retomado a partir das 8h desta quinta com falas dos peritos que contestaram a equipe de Palhares.
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Badan e outros peritos de sua equipe prestaram esclarecimentos no 3º dia de júri popular de quatro seguranças de PC Farias, que acontece no Fórum de Maceió desde segunda-feira (6). Ao todo, dez pessoas foram ouvidas na sessão, entre elas, a irmã de Suzana: "Ela jamais se mataria", disse Anna Luiza aos jurados.
Os policiais foram acusados de duplo homicídio por omissão, por não terem impedido as mortes. O laudo inicial da equipe de Badan concluiu que Suzana matou PC Farias e se suicidou em seguida. Mas, após ser contestado pelo legista George Sanguinetti, uma nova perícia foi feita, concluindo que o casal havia sido assassinado (Veja dúvidas sobre os dois laudos).
Badan, que não concedeu entrevistas antes do julgamento, apresentou em slides um resumo de todo o procedimento de perícia realizado na casa de Guaxuma, onde os corpos foram encontrados. Ele afirma que tudo comprova a tese apresentada: Suzana matou PC Farias e, em seguida, cometeu suicídio. "Tenho certeza absoluta", afirmou. "Como perito, o local de crime define, por si só, que aquilo é um homicídio seguido de suicídio."
A perícia
Segundo Badan Palhares, a primeira prova são telefonemas de Suzana para um dentista em São Paulo às 3h56 do domingo, 23 de junho de 1996, data do crime. Ela diz que não vai esquecê-lo e uma voz ao fundo, que seria de PC Farias, afirma: “Que você tá fazendo, te arruma”. Às 5h02 ela deixa um recado de despedida. “Espero um dia encontrar você nem que seja na eternidade”, afirmava Suzana, segundo Badan.
Segundo Badan Palhares, a primeira prova são telefonemas de Suzana para um dentista em São Paulo às 3h56 do domingo, 23 de junho de 1996, data do crime. Ela diz que não vai esquecê-lo e uma voz ao fundo, que seria de PC Farias, afirma: “Que você tá fazendo, te arruma”. Às 5h02 ela deixa um recado de despedida. “Espero um dia encontrar você nem que seja na eternidade”, afirmava Suzana, segundo Badan.
Em seguida, Badan mostrou uma das fotos utilizadas pela perícia de PC Farias e Suzana Marcolino mortos na cama. “E não estamos encontrando a arma que estava na cena de crime”, mostrou. Segundo ele, ela só é vista em outro ângulo da fotografia, por isso, o perito utiliza várias imagens para fazer seu trabalho.
Badan Palhares chefiou a equipe que concluiu que
Os corpos de Paulo César Farias e sua namorada, Suzana Marcolino da Silva, são encontrados na casa de praia de PC, em Maceió (AL). (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
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