O senador Fernando Collor (PTB-AL) voltou a criticar nesta segunda (12) o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ao acusá-lo de ter vazado informações sigilosas sobre um depoimento de Marcos Valério ao Ministério Público para a revista "Veja". Segundo o senador, o depoimento, prestado sob segredo de Justiça em setembro, seria a base para uma reportagem publicada em que Valério apontava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de chefiar o mensalão.
De acordo com a revista, a reportagem, publicada no dia 15 de setembro, foi feita com base em declarações de parentes, amigos e pessoas associadas a Valério, condenado pelo STF como operador do esquema. Neste mês, o jornal "O Estado de S. Paulo" revelou que Valério prestou depoimento no mesmo mês, se disponibilizando a prestar novidades sobre o caso, envolvendo o ex-ministro Antonio Palloci, além de revelar novas informações sobre o caso Celso Daniel.
Em discurso no plenário do Senado, Collor afirmou que a suposta entrevista de Valério à revista nunca existiu. Ele afirmou que as informações colhidas para a reportagem foram "vazadas por ninguém menos que o sr. Roberto Gurgel Santos", o que, segundo o senador, constitui crime de violação de sigilo profissional. A assessoria de imprensa da Procuradoria-Geral da República disse que Gurgel não iria comentar as acusações de Collor.
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