segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Segurança diz que Falcão se matou e participa de reconstituição do crime. TUDONAHORA


Jailson Melo deixou apartamento guardando arma na cintura
Atualizada às 15h20
O sargento reformado da Polícia Militar de Pernambuco, Jailson Melo, de 52 anos, acusado de ter matado o empresário Sérgio Falcão na semana passada, em Recife, com um tiro na boca, disse em depoimento à polícia na manhã desta segunda-feira (3) que o dono da construtora se matou. Nesta tarde, Jailson participa da reconstituição da cena, no edifício 14 Bis, orla de Boa Viagem.
A versão do suspeito na morte de Falcão foi revelada ao delegado Wagner Domingos, no Departamento de Homicídios, por seus dois advogados. Segundo os responsáveis pela defesa, o sargento afirmou que recebeu uma ligação de Sérgio Falcão no dia anterior pedindo que ele fosse até seu apartamento armado para fazer um serviço de segurança.
Os advogados sustentam que Sérgio mostrou, no notebook, uma página de vendas de armas e pediu a opinião do sargento reformado. Segundo eles, quando Jailson se abaixou para olhar a tela do computador, o empresário pegou a arma e atirou contra si próprio. Jailson Melo conta que a pistola calibre 380 pertence a seu irmão, também militar de Pernambuco.
Nervoso, ele deixou o apartamento levando a pistola, já que havia pedido emprestada ao irmão. Com a repercussão do crime, Jailson Melo decidiu consultar seus advogados e se apresentar espontaneamente. Os responsáveis pela defesa esperam que o militar reformado seja liberado após o depoimento para o delegado.
A tese de suicídio já vinha sendo investigada pela polícia depois que os peritos constaram que Sérgio Falcão havia sido morto com um tiro no céu da boca. Outro fato considerado estranho pelos investigadores foi o fato de o empresário ter pedido a cozinheira para fechar a porta da cozinha porque receberia uma visita importante naquele dia.
Em entrevista concedida na última sexta-feira (31), o advogado da família, Ernesto Cavalcanti, disse que os familiares do empresário não acreditam na hipótese de suicídio, apesar de saberem da crise financeira, conjugal e pessoal pela qual passava o dono da Construtora Falcão.

Há informações de que o empresário vivia uma depressão profunda mas, de acordo com o advogado, psiquiatras que o acompanhavam teriam afirmado que o paciente não demonstrava tendências suicidas e falava em superação.
Somente em Alagoas, Sérgio Falcão respondia a 27 processos judiciais por danos morais e materiais por ter suspendido as obras de 11 empreendimentos que eram construídos em Maceió.

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