Por: ALOÍSIO ALVES – publicitário.
Sérgio Falcão tinha um espírito irrequieto, movido pela necessidade de surpreender. Fez isso ao entregar o primeiro prédio com escultura, obra de arte no hall de acesso, paisagismo e iluminação nas calçadas. Era assim que o empresário Sérgio Falcão sabia ser e, por isso, também criou a cultura de brindar os seus clientes com uma bela festa na entrega dos imóveis.
Fez da publicidade uma ferramenta indispensável a uma construtora que um dia foi respeitada, reconhecida e até imitada.
O empresário foi ousado nas estratégias de comunicação. Aprovou campanhas publicitárias meramente conceituais, coisa que nenhum outro empresário do ramo faria àquela época. Alcançou resultados de vendas extraordinários, alguns produtos esgotados em inacreditáveis 48 horas. Surpreendia sempre pelas manifestações de afago e respeito pelos parceiros e com eles dividiu humildemente o sucesso e as vitórias.
Amado por uns, contestado por tantos, o Falcão voou alto e despencou como uma ave abatida em pleno ar. Tombou enfraquecido, debilitado, se deparando com a tragédia da morte na clausura do próprio apartamento, sozinho.
Os que conheciam sua vaidade, seu medo de errar, seu cuidado em surpreender, sabem que Sérgio Falcão morrera há muito mais tempo: ao ver sua credibilidade, sua marca e seu nome desmoronarem como uma obra mal construída.
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