Mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira, a empresária Andressa Mendonça, de 30 anos, disse nesta sexta (1) ao G1 que não se sente confortável como "musa da CPI", rótulo que recebeu ao comparecer à sessão da comissão na qual o marido foi levado para depor mas se recusou a responder às perguntas dos parlamentares.
Segundo ela, a prioridade neste momento é cuidar dos filhos e da defesa de Carlinhos Cachoeira. Nestas quinta (31) e sexta, a Justiça Federal de Goiânia ouviria 15 testemunhas e sete réus no processo em que o contraventor é acusado de comandar uma quadrilha que explorava o jogo ilegal. Mas uma decisão provisória (liminar) do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) suspendeu os depoimentos. Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, está preso na Penitenciária da Papuda, em Brasília.
"Não acho que sou musa. Tá todo mundo míope", disse à reportagem por telefone. A equipe do G1 esteve, na manhã desta sexta-feira (1º), no condomínio de luxo em Goiânia onde mora o casal. Ela não quis receber a equipe, mas concordou em falar por alguns minutos pelo telefone. "Estou toda desarrumada, ajudando meu filho a fazer tarefa", contou.
Andressa Mendonça afirmou que, "apesar de não entender muito de direito", a suspensão dos depoimentos favorece seu marido. "Acho que ele ganha tempo para se encontrar com a defesa, se defender." Ela disse que a última vez que falou com Cachoeira foi na última terça (29). "Eu estou achando ele otimista, confiante, todos nós estamos confiantes", declarou.
A empresária tem dois filhos, um de 4 e outro de 6 anos, com o ex-marido, Wilder Pedro de Morais, suplente do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), que responde a processo disciplinar no Conselho de Ética do Senado por ter supostamente usado o mandato para beneficiar Cachoeira. O senador nega as acusações, mas não o fato de ser amigo do contraventor.
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