terça-feira, 26 de junho de 2012

Gilvan Barros sobre Eisa: 'melhor prejudicar caranguejos do que alagoanos'. Veto do Ibama à instalação do estaleiro gerou duras críticas na ALE - GAZETAWEB

O deputado Gilvan Barros (PSDB) criticou, durante a sessão ordinária na Assembleia Legislativa Estadual (ALE), o parecer emitido pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vetando a instalação do estaleiro Eisa Alagoas na área conhecida como 5A, na costa litorânea do município de Coruripe. Para o deputado ‘seria melhor prejudicar meia dúzia de caranguejos do que milhares de alagoanos’.

A sessão foi marcada por duros pronunciamentos contra o posicionamento do Ibama. A posição adotada pelo Instituto arrancou discursos bravos e a maioria dos parlamentares acusou o órgão de emitir um parecer ‘político’ e não ‘técnico’. 

O tema começou a ser discutido pelo deputado estadual Gilvan Barros (PSDB). “Eu não concordo com esse parecer do Ibama. De forma alguma ele deveria ser considerado é inviável. O órgão deveria entender que é melhor prejudicar meia dúzia de caranguejos do que deixar de salvar milhares de alagoanos. Esses técnicos, quem estão a serviço não sei de quem, não têm consciência de que estão fazendo um desserviço a Alagoas, de que estão fazendo o que não interessa ao povo. Acreditar naquele parecer é como acreditar em papai noel”, disparou o tucano. 

Jefferson Moraes (DEM) também saiu em defesa da instalação do Eisa. “Lamento o parecer e a desilusão de milhares de alagoanos que investiram em cursos profissionalizantes e se qualificaram para uma carreira profissional. Tudo isso não vai adiantar de nada. O governo federal foi de encontro a vontade da população, por isso, sugiro que a Assembleia Legislativa de Alagoas elabore um manifesto contra a decisão do Ibama e que tal documento seja encaminhado à Presidência da República e à direção nacional do Instituto, em Brasília”, declarou o democratas. 

O deputado Inácio Loyola (PSDB) engrossou o discurso contra a autarquia federal: “O parecer foi político, não teve nada de técnico. É triste estarmos aqui dizendo que o Ibama condenou a instalação do estaleiro Eisa, enquanto, num passado recente, autorizou a realização do maior projeto criminoso contra o meio ambiente, que foi a transposição das águas do rio São Francisco. As obras em Alagoas atingiriam 72 hectares de mar, mas, em Pernambuco, houve a destruição de 1,2 mil hectares e, lá, um grande empreendimento foi autorizado. A decisão foi política porque, sabendo que estaria sendo sede do um evento ligado ao meio ambiente de nível internacional, o órgão teria que dar uma satisfação e mostrar preocupação. Foi isso o que aconteceu”, disparou o peessedebista.

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