O presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, ministro Ayres Britto, afirmou nesta terça-feira que é de “gravidade qualificada” a informação der que o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, da 11ª Vara Federal de Goiânia, responsável na primeira instância pelo processo da Operação Monte Carlo, teria sido ameaçado e — na qualidade de juiz substituto — pediu transferência para outra vara criminal.
“Não se pode ameaçar a integridade física, moral ou psicológica de nenhum julgador ou de sua família. Diante da gravidade incomum dos fatos, a corregedora nacional de Justiça já está à frente da apuração dos fatos”, acrescentou Ayres Britto.
“Investigações complicadas”
A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, por sua vez informou que mesmo antes de deflagrada a operação que culminou com a prisão preventiva do empresário-contraventor Carlinhos Cachoeira, o magistrado goiano procurou-a, acompanhado de dois procuradores da República. “Ele estava preocupadíssimo porque eram investigações complicadas, que envolviam muita gente, inclusive políticos. Ele é um juiz substituto, novo, e disse que estava preocupado porque não estava se sentido seguro, o que fez com que eu indicasse um juiz da Corregedoria para acompanhar a situação. Ele parecia acuado, mas depois da deflagração da Operação, o juiz parecia estar satisfeito”, comentou a ministra, logo depois da sessão plenária do Conselho Nacional da Justiça, na manhã desta terça-feira.
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