quinta-feira, 1 de março de 2012

UM TEXTO DE ALBERTO ROSTAND


DOUGLAS, CARLITO, CARLOS MERO E EDUARDO LYRA…

Alberto Rostand Lanverly


Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas e da Academia Maceioense de
Letras

Desde cedo, convivemos com pessoas que influenciam nosso cotidiano. Sejam

caladas ou falantes, frágeis ou fortes, altivas ou indignas, estes inúmeros seres se

tornam importantes, pelas lições de vida que disponibilizam e que, de alguma forma,

passam a integrar o simbólico arquivo de experiências que, em momento futuro,

poderemos copiar ou delas nos esquivar.

É seguindo esta linha de raciocínio que os ”seres pensantes” têm a capacidade de

lembrar-se de semelhantes, com as quais conviveram ao longo da vida, e, voltando

ao “ontem”, projetar a caminhada de alguns deles e “se alegrar” por vê-los, no presente,

não somente realizados profissionalmente, mas, acima de tudo, sendo “referência”

naquilo que construíram, com suas inteligências.

Poderia citar centenas de nomes. Contudo, quatro deles me saltam à mente, sem

nenhum demérito aos demais: Douglas Apratto, Carlito Lima, Carlos Mero e Eduardo

O professor Douglas pontificou, ao longo do tempo, não somente como docente,

mas, também, no exercício de inúmeros cargos de chefia em todos os organismos que

integrou. Em minha compreensão, contudo, o ilustre “mestre” “se encontrou,

realmente”, quando emprestou à sociedade todos os seus dons de historiador,

escrevendo inúmeros trabalhos que o projetaram, para limites bem mais amplos que os

do estado de Alagoas.

O capitão Carlito, político, engenheiro civil, “Secretário de Estado e de

Municípios”. Com certeza, na posteridade, seria lembrado como “o carcereiro de

Arraes”. Ao contrário disso, “de forma perspicaz”, soube vincular sua trajetória de vida

ao exuberante “dom de escrever”, que possui. Quando, finalmente, descobriu

este “filão”, pontificou como um dos melhores “cronistas” que a Terra dos Marechais

possui. Seu jeito alegre e bonachão, já está eternizado.

Carlinhos Mero, de professor do colégio Elio Lemos, nos idos dos anos setenta,

a conhecido advogado, em toda a Região, no decorrer dos anos, ao tempo em que

cultivou, sempre, os cabelos compridos e meio desalinhados, aperfeiçoou, como

ninguém, a “arte de transformar” pensamentos em letras, sendo, na atualidade,

possuidor de uma enorme coletânea de trabalhos publicados, que, nos últimos anos,

vem sendo enaltecido pelas gerações que se sucedem.

Eduardo Lyra, o insubstituível “pro reitor” da UFAL. Mudam os dirigentes da

instituição, mas, ele, nunca. Docente respeitado desde sua juventude foi, porém, como

um dos “genitores” do aplaudido “Pinto da Madrugada”, que gravou, para sempre, seu

nome no simbólico bronze dos “grandes” incentivadores do carnaval brasileiro.

Trago a certeza de que, na vida, tudo se desmancha “no ar”. Menos os

pensamentos. Por tal razão, vislumbro, em exemplos como os acima citados, a certeza

de que o indivíduo deve tentar “se encontrar”, fazendo aquilo de que gosta, para, só

assim, deixar “suas pegadas”, de boa qualidade, registradas na história da humanidade.

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