sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

UM TEXTO DE RONALD MEDONÇA


CARLITO, O CARNAVAL  E A EVANGÉLICA
RONALD MENDONÇA
MÉDICO E MEMBRO DA AAL

Hoje, sábado de Zé Pereira, ou sábado gordo, é um dia especial para o escritor e imortal da AAL, Carlito Lima. Fecundo contador de histórias, escritor temporão, como tantos outros que por aqui mourejam, o Velho Capita estará sendo tema da Escola de Samba Gaviões da Pajuçara, uma das gigantes do nosso esforçado carnaval de rua.
Os amigos, leitores e admiradores de Carlito não têm qualquer dúvida sobre a feliz escolha. Intelectual dos mais destacados, autor de vários livros, cronista dos mais lidos e comentados, organizador de imperdíveis eventos culturais,   secretário da Cultura de Marechal Deodoro, nosso amigo famoso estendeu seus tentáculos para além-mar, sendo um dos autores contemporâneos mais lidos em Cuba, Portugal e Espanha.
Tido como uma síntese de Amado e Nelson Rodrigues, seu blog é  “devorado”, acessado por cerca de trezentas mil pessoas. É por todo esse cabedal que recebe a homenagem. Folião histórico, diria até atávico, hoje um bem comportado avô estará gingando na Avenida, merecidamente aplaudido.  
Falar do Carlito Lima em pleno sábado de Zé Pereira é rememorar um passado não muito distante dos carnavais da minha adolescência, primeiro no Clube 29 de junho, em Bebedouro, saboreando aquele lirismo maravilhoso de Capiba na voz de Claudeonor Germano. Depois, na Fênix e no Iate Clube Pajuçara, onde, concordando  com o Carlito, a gente via as burguesinhas mais lindas de Alagoas. Pena que elas não retribuíam o olhar...
Dessa “síndrome do desprezado” não padecem nossos  homens públicos, petistas juramentados ou não, que sempre encontram sensuais burguesinhas dispostas a partilhar das delícias das alcovas do poder. Às vezes, o excesso de tesão faz com que os garanhões do planalto esqueçam que mulheres jovens carregam  verdadeiras ogivas nucleares em forma de  óvulos férteis.
O fato é que, segundo  matéria de Veja desta semana, uma charmosa evangélica alagoana, a advogada Cristhiane Oliveira - que parece ter saído  das histórias do Carlito Lima - teria se infiltrado na degenerada corte petista. Dalila dos novos tempos, ex-assessora de Dilma, na enxurrada, deixar-se-ia apaixonar pelo piedoso Gilberto Carvalho, um galã do cinema mudo. A seguir (ou ao mesmo tempo), manteria tórrido  affaire com o hoje ministro do STF, Dias Toffoli. A sordidez está na ligação da alagoana com a máfia de Brasília. Mais: a troca de amáveis correspondências e recíprocos favores. Ogivas para explodir depois do Carnaval.

Um comentário:

  1. Cris e Gilbertinho são figuras tão cândidas,
    meu doutor, que Veja isso, meramente, como
    um tórrido romance; quiçá um tremendo
    triângulo amoroso dos nossos Dias. Ignóbil,
    a república PTista é sempre um carnaval,
    com ou sem óvolus/ogivas nucleares ...

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