terça-feira, 3 de janeiro de 2012

JB NA HISTÓRIA


3 de janeiro de 1903: As primeiras medidas do Prefeito Pereira Passos para o surgimento de uma nova cidade

Para que a cidade fosse civilizada, o povo também precisava se civilizar. Por isso, tão logo assumiu a Prefeitura, Pereira Passos decretou uma série de novas leis que prometiam mudar os hábitos dos cariocas. Por determinação do prefeito, ficava proibido cuspir dentro dos bondes e passou a ser obrigatório a disponibilidade de escarradeiras em todas as repartições públicas para uso público. Também tornaram-se proibidas a ordenha de vacas leiteiras nas ruas e a venda de loterias em quiosques, tal como mendigar e atirar polvilho no Carnaval.

Em contrapartida, a Prefeitura também prometeu fazer a sua parte, instalando mictórios públicos em pontos estratégicos da cidade, para que a população não fizesse suas
necessidades próximo aos quiosques.

Era o primeiro capítulo do processo de urbanização do Rio que se estenderia por toda aquela década e culminaria no surgimento de uma nova cidade, sem a morrinha imperial. Ficava claro que o Rio deixaria de ser uma cidade fétida e assolada pelas doenças. No lugar de cemitério de
europeus, apelido nada lisonjeiro que a capital da República ganhou, a cidade renasceria como o mais grandioso exemplo da belle époque tropical. Em vez das imundas vielas coloniais e dos cortiços, onde se acumularam epidemias, a Prefeitura passaria a planejar ruas e
avenidas largas, e edificações dignas da mais fina arquitetura européia. No lugar de terrenos, praças arborizadas. Para tornar realidade o sonho de uma capital da República, seriam colocados abaixo todos os obstáculos.

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