2 de janeiro de 1977: A música brasileira perde Dilermando Reis
Houve Dino e Meira, há João Gilberto - em cada mão um estilo, uma época. Antes de todos, houve Dilermando Reis, morto aos 60 anos, vítima de colapso cardíaco.
Durante quatro décadas seu nome foi quase um sinônimo de violão e ele cumpriu o ciclo possível no Brasil a um músico de seu tempo: fez o interior, a boemia e as serestas das grandes cidades, tocou nas lojas que vendiam partituras e instrumentos musicais, foi artista de rádio, atração nos cassinos, formou sua própria orquestra, compôs, gravou, ensinou.
Amigo do ex-presidente Juscelino Kubitschek, teve a alegria de poder considerar-se um dos pioneiros da construção de Brasília: "Ajudei a construir, com minhas próprias mãos, o Catetinho. Meu violão foi primeiro ouvido nos céus da nova Capital e fiz também a primeira música em homenagem à cidade que nascia".
Aprendeu a tocar violão ainda criança, com o pai, Francisco Reis. Na adolescência conheceu o concertista cego Levino da Conceição, com quem percorreu o interior do país, até chegar ao Rio já músico formado. Antes de ingressar nas rádios, lecionou e tocou nas casas de música da época, como Bandolim de Ouro e Guitarra de Prata. Num tempo em que a admiração do público convergia muito mais para os cantores do que para os instrumentistas, Dilermando conseguiu manter um programa semanal de meia hora, no qual a atração máxima e única era seu violão, e de 1936 a 1969, quando deixou a Rádio Nacional, esteve sempre entre os artistas mais populares e requisitados. Gravou cerca de 40 discos entre clássicos e populares, reunindo sucessos como 'Alma Nortista', 'Calanguinho','Penumbra' e 'Se ela perguntar', a preferida de Juscelino.
Amigo do ex-presidente Juscelino Kubitschek, teve a alegria de poder considerar-se um dos pioneiros da construção de Brasília: "Ajudei a construir, com minhas próprias mãos, o Catetinho. Meu violão foi primeiro ouvido nos céus da nova Capital e fiz também a primeira música em homenagem à cidade que nascia".
Aprendeu a tocar violão ainda criança, com o pai, Francisco Reis. Na adolescência conheceu o concertista cego Levino da Conceição, com quem percorreu o interior do país, até chegar ao Rio já músico formado. Antes de ingressar nas rádios, lecionou e tocou nas casas de música da época, como Bandolim de Ouro e Guitarra de Prata. Num tempo em que a admiração do público convergia muito mais para os cantores do que para os instrumentistas, Dilermando conseguiu manter um programa semanal de meia hora, no qual a atração máxima e única era seu violão, e de 1936 a 1969, quando deixou a Rádio Nacional, esteve sempre entre os artistas mais populares e requisitados. Gravou cerca de 40 discos entre clássicos e populares, reunindo sucessos como 'Alma Nortista', 'Calanguinho','Penumbra' e 'Se ela perguntar', a preferida de Juscelino.
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