Uma prisão cheia de regalias, dentre elas, televisão, sinuca e internet. É assim que vive há mais de dois anos o engenheiro Rilton Emanoel de Melo Almeida, no Grupamento de Salvamento Aquático (GSA) do Corpo de Bombeiros, no Pontal da Barra, em Maceió. Ele está detido após ser flagrado com uma menina de oito anos num motel em Jacarecica, no ano de 2008.
Sua prisão foi decretada, mas por ter formação superior e no sistema prisional não haver celas especiais, acabou sendo acomodado nas dependências do Corpo de Bombeiros, onde mantém uma vida totalmente desproporcional a de outros detentos que cometeram crimes iguais e seguem respondendo ao processo atrás das grades em presídios alagoanos. A irregularidade veio a tona após uma denúncia feita ontem durante coletiva de imprensa que tratou da transferência de militares para o presídio Baldomero Cavalcanti.
As mordomias citadas na denúncia podem ser consideradas as mais absurdas, por se tratar de um preso, mesmo que tenha curso superior. O lugar onde dorme passa longe das celas sujas e superlotadas dos presídios; a comida não vem em marmitas, já que é a mesma dos bombeiros; e ao invés dos uniformes comuns de presos, o engenheiro usa roupas próprias.
O fato revoltou os representantes das associações de policiais militares e as esposas daqueles que, antes estavam no Presídio Militar, agora estão trancafiados no Baldomero. Para eles, o maior problema é que enquanto um civil deveria estar prestando contas a sociedade de seus crimes nas celas do sistema prisional, militares são transferidos para o sistema o que vai de encontro com o estatuto da corporação.
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