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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

JB NA HISTÓRIA 31 DE AGOSTO E 1º DE SETEMBRO


1º de setembro de 1969: O início da Era Kadafi

O golpe militar que levou Kadafi ao poder na Líbia. Jornal do Brasil: terça-feira, 2 de setembro de 1969.


Poucos mais de um ano após estourar a Guerra dos Sete dias no Oriente Médio, as forças armadas da Líbia assumiram o poder no país, na ausência do rei Idris El Senussi, e proclamaram a República Árabe da Líbia, de caráter socialista, chefiada por um conselho revolucionário, tendo entre seus líderes o coronel Muamar al-Kadafi, 27 anos.

Os primeiros atos do novo Governo foram a imposição do toque de recolher nas principais cidades e o fechamento de todos os portos e aeroportos e a suspensão das comunicações telefônicas e telegráficas com o exterior.

Em seu primeiro comunicado oficial, o Conselho da Revolução afirmou que os militares acabavam de realizar um dos sonhos mais antigos do povo, o advento de uma República Socialista, apelando o apoio popular à revolução: "Rebelamo-nos para defender sua liberdade, sua dignidade, para levar ao alto a bandeiras das nações árabes e pedimos seu apoio para poder progredir".

Ainda no comunicado, o Conselho destacou outras de suas primeiras medidas:
Todos os Conselhos Legislativos do antigo regime ficavam abolidos e sem validade a partir daquele dia e toda tentativa de oposição à revolução por parte dos antigos dirigentes seria vigorosamente aniquiliada;

O Conselho da Revolução passou a instância única no país para conduzir os assuntos da República Árabe da Líbia. Em consequência, todas as administrações governamentais, funcionários e forças de ordem passavam à disposição do Conselho, podendo ser perseguido e processado todo infrator neste cumprimento.

O Conselho da Revolução firmou também sua vontade e decisão de edificar uma Líbia revolucionária, socialista, resultante de sua própria realidade e não de qualquer outra doutrina, elevando o país do subdesenvolvimento e mal governado a uma nação progressista, disposta a lutar contra o colonialismo. E defendeu a liberdade religiosa e a crença nos valores morais contidos no Alcorão, prometendo trabalhar por sua defesa e manutenção.

Muamar Kadafi. Reprdução.
Acobertado pelo verniz nacionalista, três foram os principais fatores do golpe militar que acabou com a monarquia na Líbia: o petróleo, a presença de bases militares estrangeiras no país e o desejo de maior participação no pan-arabismo. Os líbios tinham interesse em assumir um controle mais efetivo de sua produção de petróleo (a terceira do mundo em volume na ocasião), desejavam apressar a retirada das tropas norte americanas de Wheelus, perto de Trípoli e queriam que o Rei Idris encarasse com maior entusiasmo a convocação de uma reunião de cúpula pan-árabe, no Âmbito do conflito com Israel.

Começava assim, a Era Kadafi, que duraria mais de 40 anos.


1972: Bobby Fischer é campeão mundial de xadrez
1939: Começa a Segunda Guerra Mundial
1994: O Ministro Ricupero e a Parabólica

31 de agosto de 1997 - Paparazzis perseguem Diana até o fim

Jornal do Brasil: 1º de setembro de 1997

"A princesa deu uma grande contribuição para aliviar o sofrimento dos pobres doentes e fracos em todo o mundo. Seu firme compromisso com a proibição de minas terrestres não apenas ajudou a colocar esta causa no topo da agenda humanitária, mas conquistou os corações de milhões de pessoas em todo o mundo". Kofi Annan

Com a mesma singeleza que participava de campanhas humanitárias e cintilava em sofisticados eventos da alta sociedade mundo afora, Lady Diana, 36 anos, despediu-se da vida como a rainha dos sonhos de todo o mundo. Vítima de grave acidente envolvendo o carro em que estava com mais três pessoas em Paris, a princesa não resistiu aos ferimentos após ser socorrida no hospital Pitié-Salpêtrière. Dois outros ocupantes do veículo, seu namorado egípcio Dodi A-Fayed e o motorista Henry Paul morreram no local do desastre. Somente o guarda-costas de Dodi, Trevor Rees-Jones, sobreviveu.

Jornal do Brasil: 1º de setembro de 1997
"Eu quero que as pessoas
se lembrem de mim
como alguém
que se importava com elas
".
Princesa Diana

Para acompanhar toda a evolução do episódio, o JBchegou às bancas em 4 edições extras naquele domingo, todas se esgotando rapidamente. As primeiras informações sobre sua morte cogitavam que o motivo da tragédia teria sido uma tentativa mal sucedida do grupo de despistar um paparazzi.



A comoção pela tragédia de Diana atingiu dimensões jamais presenciadas entre os britânicos, tradicionais por seu controle emocional e postura austera. Nos jardins do Palácio de Kensington, residência oficial de Diana desde o fim de seu casamento com o Príncipe Charles, a quantidade de flores depositadas foi tão grande que houve a necessidade de um caminhão para transportá-las. Também mensagens, bichos de pelúcias, velas, demonstraram o carinho e a admiração pela princesa. Mas o povo inglês não sofreu sozinho.

A homenagem e o pesar ecoaram em vários países. E com mesma força, irradiou-se a indignação contra a mídia sensacionalista que, com recursos inescrupulosos de fazer notícia, focou na imagem da princesa um dos seus principais e mais ostensivos alvos.

Uma homenagem especial
Elton John fez para Diana uma versão de Candle in the Wind (composta por ele originalmente por ocasião da morte da atriz Marilyn Monroe) e a interpretou no funeral. O single foi um dos mais vendidos da história, com renda destinada a projetos sociais.

E, mesmo após as polícias francesa e britânica terem concluído que a morte de Lady Di foi um acidente, outras teorias ainda são cogitadas, refletindo a desconfiança da sociedade.

Outras efemérides de 31 de agosto:



1980 - A descoberta do líder Walesa
1994 - O IRA anuncia uma trégua na Irlanda do Norte

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