terça-feira, 23 de agosto de 2011

JB NA HISTÓRIA - 23 DE AGOSTO


23 de agosto de 1892 - Morre o Marechal Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente do Brasil

Como já era esperado, o Marechal Deodoro da Fonseca, morreu vítima de uma crise aguda de dispénia, doença com a qual conviveu nos últimos anos. Pediu para ser sepultado em trajes civis, no que não foi atendido. Seu enterro teve toda a pompa e honras militares.

Na figura militar de Deodoro o que ressalta à primeira vista é a intrepidez do grande soldado nas guerras externas que alvoroçaram a nacionalidade na segunda metade do século XIX.

Manoel Deodoro da Fonseca nasceu na cidade de Alagoas (AL) em 5 de agosto de 1827. Ainda na adolescência iniciou os estudos no ensino militar. E aos 21 anos, viveu a primeira experiência armada, integrando as tropas que se dirigiram a Pernambuco para combater a Revolução Praieira. Depois vieram outros conflitos durante o Império, como a brigada expedicionária ao rio da Prata, o cerco a Montevidéu e da Guerra do Paraguai.

Ingressou oficialmente na política em 1885, quando governou a província do Rio Grande do Sul. Assumiu a presidência do Clube Militar de 1887 a 1889 e chefiou o setor antiescravista do Exército. Com o título de marechal, Deodoro da Fonseca proclamou a república brasileira no dia 15 de novembro de 1889 e assumiu a chefia do governo provisório.

Eleito pelo Congresso de forma indireta os marechais Deodoro da Fonseca para presidente e Floriano Peixoto para vice-presidente, em 25 de fevereiro de 1891. Mais do que proclamar a República, coube a Deodoro uma missão mais árdua: implantar o regime republicano e presidir a transformação do governo do Brasil monárquico para o Brasil republicano, do unitarismo do Império para o federalismo da República. Na área econômica, marcou os rumos da transição da atividade agrária para a explosão da industrialização, e tentou encaminhar o Brasil da inflação para a estabilidade cambial.

O governo do Marechal deveria terminar em 1894, mas o período registrou sérios problemas de ordem política e econômica, levando à sua renúncia em 23 de novembro de 1891.

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