sábado, 4 de junho de 2011

Posei nua depois de ser trocada

Aos 48 anos, magoada e traída, me sentia velha e feia. Depois do ensaio sensual, recuperei minha auto-estima

Publicado em 13/11/2008
Milena Emilião
Conteúdo do site SOU MAIS EU! 
Quando me dei conta, estava lá toda-toda,
fazendo pose de coelhinha da Playboy
Foto: Studio Nude
"Levanta o bumbum aqui. Isso. Agora abaixa o queixo, olha pra cima... Isso. Vou bater a foto! Tá linda. Mais uma. Ótimo! Agora deita na cama, faz cara de sexy. Tá maravilhosa. Parabéns!”

Ufa! Quando dei por mim, estava lá, tirando a última peça de roupa e me sentindo linda... Não há vergonha que resista a um bom vinho, é verdade. Bastou uma taça e aquelas fotógrafas conseguiram me deixar à vontade para minha primeira sessão de fotos sensuais.

Eu sempre sonhei em fazer um ensaio de nu, como aqueles da revista Playboy. Mas achava impossível. Quem sabe se eu não tivesse deixado de lado minha carreira de modelo, que começou e acabou antes dos 20 anos?

Eu era uma boba apaixonada e acabei largando o trabalho como comissária de bordo para acompanhar meu marido a uma viagem para os Estados Unidos. Moramos lá um tempo, e eu me vi envelhecer sem ter realizado nenhum grande sonho.

Quando voltei ao Brasil, fiquei sem trabalho por alguns anos. Estava totalmente dependente do meu marido. Com o tempo ele começou a ficar estranho comigo, desinteressado mesmo. Não conversava mais, não fazia carinho. Parecia meio deprimido. Pelo menos era o que eu achava...

Um dia ele saiu cedo pra malhar — coisa que ele nunca fazia — e esqueceu o celular em casa. Chegou uma mensagem no telefone dele, e eu li. Era de uma mulher, num tom suspeito. Quando ele voltou pra buscar o celular, eu o pressionei pra saber de quem era aquela mensagem.

É claro que ele jurou que era um engano, que não sabia do que se tratava. Mas mulher é esperta, né? Basta colocar uma pulga atrás da orelha pra começar a ligar os pontos.

Contratei um detetive e fui dar o flagra no traidor

Resolvi checar o celular do meu marido outras vezes e percebi que as ligações daquele número estranho continuavam a chegar. Ele, na maior cara-depau, sempre se esquivava. Mas eu não ia deixar barato.

Eu havia lido numa revista sobre um detetive especializado em casos de traição. Então, peguei o tal número misterioso e passei pra ele. Em poucos dias eu estava com todos os dados da mulherzinha, inclusive o endereço!

Não pensei duas vezes: em uma das saídas secretas do meu marido, peguei um carro e fui até aquele endereço. Cheguei lá e não deu outra: vi o carro dele estacionado na frente da casa. Toquei a campainha e armei um escândalo. Fiquei tão descontrolada que bati nele na frente de toda a vizinhança!

Ele ficou seis meses atrás de mim, pedindo pra voltar. Dizia que ia ser diferente. Ainda bem que eu não caí naquele papinho: um dia, sem motivo, resolvi voltar ao endereço da outra. E não é que o carro dele tava estacionado lá de novo? Ah, no dia seguinte fui ao escritório do advogado para pedir na separação tudo que era meu por direito

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