Júnior Viçosa leva às costas o número 29, como se quisesse ser duas vezes 9, duas vezes centroavante. E foi. Pelo menos neste domingo, foi um duplo: duas vezes na frente do gol, duas bolas na rede, duas comemorações. Com o atacante em tarde de um brilho não exatamente habitual, o Grêmio foi superior ao Bahia, venceu por 2 a 0 no Olímpico e saltou na tabela, já de olho na zona de classificação para a Libertadores.
O inverso da moeda é a situação dos tricolores baianos. Ainda esperançoso de que medalhões como Carlos Alberto e Ricardinho resolvam a pobreza técnica da equipe, o Bahia teve mais insistência do que competência. Mereceu perder e, como consequência, começou a ser sufocado pela tabela: tem apenas um ponto, na área de queda para a Série B.
Os dois gols de Júnior Viçosa foram marcados ainda no primeiro tempo. O jogo marcou a estreia de Marquinhos pelo Grêmio. Ele foi a campo na etapa final.
Os gaúchos voltam a campo no sábado. Encaram o São Paulo no Morumbi. O Bahia, no domingo, recebe o Atlético-MG.
Renato ensina, Viçosa aprende: 2 a 0 no primeiro tempo
Manhã de sábado, Olímpico, tradicional treino recreativo de vésperas de partidas. Bola alçada na área. Renato Portaluppi, dois quilômetros à frente do última zagueiro (mas desde quando chefe fica impedido?), desvia de cabeça. Bola na rede. Imediatamente, o técnico olha para Júnior Viçosa e aponta para o gol, como quem diz: “Viu como se faz?”.
Viu, sim. Pois foi justamente Júnior Viçosa, com dois gols no primeiro tempo, o desenhista da vitória azul. Ainda longe de ter com a bola o mesmo relacionamento que o treinador tinha nos tempos de boleiro, o atacante teve oportunismo. Fez dois gols típicos de centroavante: um de cabeça, outro com o pé, ambos a poucos centímetros do gol.
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