26 de junho de 1968 - Passeata dos Cem mil e uma só voz
O ano de 1968 foi marcado por sucessivos episódios de protesto popular contra a ditadura militar em vigor no país. Como a grande maioria dos órgãos representativos da sociedade civil encontrava-se sob interdição, o movimento estudantil foi a grande liderança dessa oposição.
E foi uma dessas manifestações, iniciada a partir de um ato político na Cinelândia, a imponente prova que evidenciou o descontentamento crescente com o governo.
Liderada por Vladimir Palmeira, a passeata, em que se reivindicava por liberdade aos presos políticos e pelo fim da repressão, recebeu maciça adesão de intelectuais, artistas, padres, mães, cidadãos comuns, reunindo uma multidão que a fez entrar para a História como a Passeata dos Cem Mil. O protesto estudantil não foi somente contra a ditadura, mas também em oposição à política educacional do governo, que revelava uma tendência à privatização. Questionava-se a subordinação brasileira aos objetivos e diretrizes do capitalismo norte-americano.
Alguns momentos mais marcantes da passeata: Vladimir Palmeira lembra de Edson Luis em um de seus três discursos; Padres participam levando faixas de apoio à reivindicações dos estudantes; Estudantes queimam a bandeira americana em frente ao Palácio Tiradentes.
Este dia duraria mais de duas décadas para chegar ao fim.
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