As constantes operações sísmicas da Petrobras nas regiões das lagoas e do mar para exploração de petróleo, em território alagoano, têm provocado danos ambientais e prejuízos financeiros ao pescadores com o desaparecimento do peixe.
O presidente da Colônia Z8 do Pilar, Josué Félix da Silva, disse que esse tipo de operação compromete a pesca, único meio de sustento de boa parte das famílias pilarenses que têm a Lagoa Manguaba como fonte de renda. “Na região onde a estatal petroquímica realiza essas operações, o peixe desaparece e o pescador fica numa situação financeira bastante delicada comprometendo a sobrevivência da mulher e dos filhos”, declarou.
A Petrobras, contudo, não parece preocupada para com a sobrevivência do pescador, embora reitere no marketing institucional seu compromisso para com responsabilidade fiscal e a preservação do meio ambiente. No último mês de abril, ocorreu um vazamento de óleo no riacho Lameirão que faz parte do complexo lagunar Manguaba.
Esse vazamento de óleo proveniente de uma área de exploração da Petrobras provocou a mortandade de peixes, principalmente, das espécies de peixe tilápia, bagre e carapeba. Em vez de esclarecer a comunidade sobre o vazamento, a estatal tentou escondê-lo ao dificultar o acesso de técnicos ambientais e da comunidade à região, denunciou o presidente da Colônia de Pescadores Z8 de Pilar.
A convite da Fepeal, o deputado estadual Inácio Loiola, participou na manhã desta última quarta-feira da sessão na Câmara Municipal do Pilar, onde se debateu a necessidade de coibir os prejuízos ambientais causados pela Petrobras, com denúncias ao IMA e ao Ibama, e ao mesmo tempo de ressarcir as comunidades alagoanas de pescadores vítimas da mortandade de peixes provocadas pelo vazamento de óleo e derivados.
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