quarta-feira, 18 de maio de 2011

JB - DIA 18 DE MAIO NA HISTÓRIA

18 de maio de 2000 - Fim de jogo para o Divino Mestre Domingos da Guia

Morre Domingos da Guia. Jornal do Brasil: Sexta-feira, 19 de maio de 2000.

"Mais do que saudade, uma história, uma lenda. É o que deixa para os amantes de futebol de todo o mundo o Divino Mestre Domingos Antônio da Guia, considerado o maior zagueiro brasileiro de todos os tempos..."Jornal do Brasil

Domingos Antônio da Guia, 87 anos, morreu no início da manhã, num quarto do do Hospital Quarto Centenário, vítima de derrame cerebral. Ficava a seleção brasileira dos sonhos de todos os tempos desfalcada de seu zagueiro maior: o Divino Mestre. Frio, elegante, jamais dava um chutão. Saía jogando com categoria. Marcava a bola, não o jogador. O verdadeiro dono da grande área.

Quem olha para sua história e vê por quais clubes o garoto - nascido e criado em Bangu - passou, não tem dúvida de que ele foi uma espécie de Pelé da zaga. Conseguiu várias proezas, entre elas, ser ídolo nos maiores clubes de massa da América do Sul. Nacional, do Uruguai; Boca Juniors, da Argentina; e Vasco, Flamengo e Corinthians, no Brasil. Embora nunca tenha conquistado uma Copa do Mundo. Aliás, foi personagem principal do polêmico lance que tiraria o Brasil da final da Copa da França em 1938 ao protagonizar o lance que culminou no pênalti em favor a Itália que, convertido, deu a vitória à seleção Azurra. Nada que ofuscasse a performance do Divino. Afinal, houve um consenso nacional: o erro foi do juiz.

Domingada, a jogada certa
Embora o jeito frio de Domingos da Guia causasse calafrios nos torcedores, ele era essencial para que o jogador encontrasse a combinação perfeita entre sua habilidade e a tranquilidade necessária para jogar na posição. Qualquer que fosse o atacante, ele mantinha a sobriedade para tomar-lhe a bola, e não hesitava em aplicar-lhe em seguida um drible para sair jogando com categoria. Assim, nasceu a domingada.

Esse é o significado certo da jogada. Um legado do Divino Mestre.

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