domingo, 1 de maio de 2011

JB - 1 DE MAIO NA HISTÓRIA

1º de maio de 1994 - Adeus, Ayrton Senna



Aos 34 anos de idade, Ayrton Senna da Silva não teve tempo de realizar o maior sonho de sua vida: alcançar o pentacampeonato mundial de Fórmula 1, conseguido pelo argentino Juan Manuel Frangio, em 1950. Senna, herói nacional e tricampeão mundial da categoria, morreu na colisão da sua Williams-Renault contra um muro de contenção a 300km/h, na curva de Tamburello do Circuito Enzo e Dino Ferrari, de Ímola, Italia.

A curva, que no dia anterior marcara o início do acidente, que, metros depois, resultara na morte do piloto austríaco Roland Ratzenberger, não tinha proteção reforçada por não ser considerada perigosa para os pilotos. Alguns anos antes, Nelson Piquet e o austríaco Gerhard Berger também já tinham protagonizado acidentes na Tamburello (1987 e 1989, respectivamente).

Senna, no momento do acidente, ocorrido na sexta volta do Grande Prêmio de San Marino, liderava a corrida. Ele largara na frente, numa prova repleta de acidentes – logo durante a saída o português Pedro Lamy (Lotus-Mugen-Honda) batera na traseira da Benetton de J.J. Lehto, fazendo com que pedaços dos carros fossem lançados às arquibancadas, deixando quatro pessoas feridas.

Ao comentar a morte de Roland Ratzenberger, Rubens Barrichello disse que se a mesma coisa acontecesse com ele, durante uma corrida, ele morreria feliz por estar fazendo aquilo que amava. Este pensamento serviu de consolo para muitos brasileiros após a morte de Senna, que amava o automobilismo até as entranhas. Sua vida sempre foi 100% automobilismo. Guiava divinamente, com uma força considerada por ele, as vezes, sobre-humana.

“Subitamente percebi que não era mais eu quem guiava o carro, que não estava guiando conscientemente. Eu estava numa espécie de dimensão diferente, era como se estivesse num túnel. Eu já estava além do limite, mas ainda era capaz de ir mais rápido. Então, alguma coisa me despertou e eu percebi que estava numa atmosfera diferente. Minha reação foi tirar o pé, reduzir e voltar lentamente aos boxes, de onde não saí mais. Isso me assustou, porque percebi que estava além da minha consciência”, disse após um belo treino para o GP de Mônaco de 1988.

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