domingo, 30 de janeiro de 2011

JB ONLINE - DIA 30 DE JANEIRO NA HISTÓRIA

30 de janeiro de 1948 - Gandhi é assassinado

A morte de Gandhi. Jornal do Brasil: Sábado, 31 de janeiro de 1948.

"Nada tenho de novo para ensinar ao mundo. A verdade e a não-violência são tão antigas quanto as montanhas. Tudo o que tenho feito é tentar praticá-las na escala mais vasta que me é possível. Assim, errei algumas vezes e aprendi com meus erros". Gandhi

O chefe político Mohanda K. Gandhi, 78 anos, foi alvejado em Nova Deli, na Índia, por três tiros disparados por um jovem fanático hindu. Embora socorrido, não resistiu aos ferimentos e faleceu em sua residência.
Gandhi. Reprodução/CPDoc JB

Líder do nacionalismo hindu e profeta da não-violência, Gandhi foi um dos idealizadores e fundadores do moderno estado indiano, proclamado independente um anos antes de sua morte.

Defendendo o pacifismo e a desobediência civil como formas de resistência aos colonizadores ingleses, acabou preso várias vezes, mas nem mesmo as grades o impediam de agir. Sensibilizou a opinião pública com suas greves de fome, cujos boletins médicos atemorizavam a cúpula do governo britânico.

Recusou-se a tomar parte nas negociações finais pela independência do país, por não concordar com a sua divisão em dois - Índia e Paquistão - a partir da diferença religiosa entre hindus e muçulmanos. Acreditava que seguidores das duas religiões poderiam conviver em paz em um único país.


Exemplo de compaixão para o mundo
Multidão comparece à despedida de Gandhi às margens do Rio Jumma. Reprodução/CPDoc JB
Milhares de pessoas, de todas as castas e crenças, acompanharam o funeral de Gandhi até as margens do Rio Jumma onde realizou-se o ritual de cremação. Em sua última aparição, o corpo de Gandhi estava enrolado no habitual manto branco de algodão, contornado por flores. O rosto, descoberto, transparecia serenidade. Suas cinzas foram jogadas no Rio Ganges.


A tragédia mergulhou o mundo em profundo pesar. Passados 60 anos, os ideais de Gandhi pelos direitos de inclusão social e pacifismo mantem-se essenciais para que a convivência pacífica da humanidade prevaleça.

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