O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot negou-se a comentar nesta segunda-feira se estava ou não em Brasília no dia em que teria planejado matar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Durante lançamento do livro “Nada menos que tudo”, numa livraria do bairro nobre dos Jardins, em São Paulo, ele evitou o assunto:
— Hoje é dia do Livro. Hoje é o dia da palavra escrita — respondeu o ex-procurador-geral ao ser indagado sobre a viagem para uma agenda de trabalho no dia em que teria ido ao Supremo armado para matar Gilmar.
O evento teve público pequeno. O número de jornalistas era maior do que o de pessoas na fila para os autógrafos da obra em que o ex-procurador-geral relata os bastidores de sua passagem pelo cargo. Menos de meia hora depois do início, não havia ninguém na fila. Nenhum nome importante do mundo jurídico compareceu. Foram vendidos 43 livros dos 550 disponibilizados para venda.
Janot chegou 17 minutos atrasado. Ele desceu do carro acompanhado de dois seguranças, que impediam a aproximação dos repórteres. Dentro da livraria, havia um terceiro segurança.
Um lançamento que ocorria no segundo andar da livraria reuniu muito mais pessoas do que a sessão de autógrafos de Janot. A obra “Estudos jurídicos em homenagem a Maria Salgado”, de Graziela Amaral e Luciana Santos, lotou o mezanino
Na semana passada, o site Jota mostrou que no dia 10 de maio, véspera da data em que Janot disse em entrevistas que entrou armado no STF para atirar em Gilmar, ele viajou para Minas. O então procurador-geral da República só voltou no dia 15.
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