Os principais estudos sobre sexualidade confirmaram não existir limite de idade para o exercício da sexualidade.
Mas todos os preconceitos que se tem contra a velhice — acredita-se que as pessoas mais velhas sejam improdutivas, senis, incapazes de mudanças — faz com que os idosos sejam considerados assexuados, como se sexo e juventude fossem sinônimos.
Assim, o homem estaria condenado a não ter ereção e a mulher, depois da menopausa, não se interessaria mais pelo assunto.
Quando se vê um casal de velhos caminhando juntos, admira-se o carinho e o companheirismo, mas é difícil alguém imaginá-los juntos na cama, em atividade sexual.
Com toda essa pressão social, os velhos acabam se convencendo de que já passaram da idade, que sexo não é mais para eles.
É fundamental, portanto, que compreendam o que acontece com seus corpos, pra se adaptar às mudanças na fisiologia da resposta sexual e preservar o direito de ter sexo sem medo e com prazer.
Shere Hite no seu estudo sobre sexualidade masculina nos diz que “muitos homens na casa dos 60 podiam gozar tanto o sexo como quando eram mais jovens — e com frequência, para sua própria surpresa —, muito embora, no aspecto físico, estivessem sexualmente diferentes do que tinham sido na casa dos 20, e pudessem ter sexo ou orgasmo menos constantemente.”
Quanto à mulher, a sexóloga americana Helen Kaplan explica: “O destino da libido depende de uma constelação de fatores ocorrendo nesse período, inclusive mudanças psicológicas, oportunidade sexual e diminuição da inibição, especialmente se a mulher não está deprimida e pode encontrar companhias interessadas e interessantes.”
Não é difícil imaginar que o aumento da longevidade, aliado aos avanços da medicina e a novas técnicas de reposição hormonal para a mulher e medicamentos para manter a ereção do homem, conduz ao desenvolvimento de uma nova mentalidade quanto ao sexo praticado por pessoas idosas, até aquelas com bem mais de 70 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário