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sábado, 9 de abril de 2016

COLUNA DO MARCOS DAVI

A SAÍDA É PELA CONSTITUIÇÃO

Marcos Davi é médico e membro da AAL e IHGAL
Enquanto a Comissão do impeachment da Câmara se apresentava majoritariamente pela aprovação do parecer do Relator, sendo azeitada pela Colaboração Premiada da Andrade Gutierrez, paralelamente, na Esplanada dos Ministérios, disparava o movimento para barrar o impeachment a qualquer custo.

Em um hotel luxuosíssimo,com a esperteza da malandragem de boteco, Lula promovia um balcão de negócios abertamente: nada de entregar o butim antes, a Reforma Ministerial e os cargos só seriam entregues depois da votação do impeachment, como faziam antigamente os coronéis dos grotões, rasgavam o dinheiro pela metade, o corrompido só recebia a outra metade depois da eleição.

Perto dali, no Palácio do Planalto, os comícios partidários comandados pela presidente Dilma continuavam usando espaço e dinheiros públicos, seus partidários e militantes exalavam ódio, como o representante da Contag ao ameaçar invadir fazendas e promover quebra-quebra nos gabinetes dos parlamentares. Tudo sob olhar acumpliciado do ministro da Justiça, que ao invés de conter, irresponsavelmente, compactuava com a violência!

A presidente, além de ter cometido Crimes de Responsabilidade variados, confirmados pelo relator da Comissão, arruinou a economia do País e agora, para escapar do impeachment, está afundado-o ainda mais, chutando o balde fiscal e escancarando a feira dos cargos públicos. Os dois anos de retração do PIB na faixa dos 4% deixar-nos-ão a maior crise econômica do século. Insaciável, continuou a cometer crimes de responsabilidade, como o gravíssimo Obstrução de Justiça,constante do último parecer da PGR.

Paralelamente, ao impeachment seguir para o Plenário da Câmara, surgem propostas alternativas como a antecipação das eleições: fantasias que visam unicamente confundir a opinião pública e travar a trajetória do processo constitucional. Nem Dilma teria essa grandeza, e muito menos o PT, dividido entre uma ala que quer ficar até 2018 para raspar o fundo do tacho e outra que quer sair como vítima do tal “golpe”.

O processo de impeachment vai ao Plenário da Câmara, onde o governo busca de várias maneiras, quase todas ilegais ou imorais, configurar uma minoria para barrá-lo, apelando ao fisiológico baixo clero, que, caso vitorioso, dividiria o governo com o PT e os movimentos sociais em uma “guinada à esquerda”... A essas alturas não existem indecisos, apenas oportunistas em busca de quem paga mais. A maioria honesta exige a Constituição cumprida e a Lava Jato fortalecida.

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