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sexta-feira, 1 de maio de 2015

'Mais 3 cm e eu não estaria vivo', diz cinegrafista atacado por cão em ato. UOL

Em casa, enquanto troca os curativos da ferida na perna, o repórter-cinematográfico Luiz Carlos de Jesus, 37, da TV Band, relembra como escapou da morte ao ser atacado por um cão da PM no confronto com professores em Curitiba, na quarta-feira (29).
"O médico que me atendeu na Assembleia disse: 'Se fosse três centímetros acima a mordida [do cão], teria acertado a veia femural e você não estaria falando comigo'", relembra Jesus. "'Esse percurso que você fez de lá [da rampa da Assembleia] até aqui [enfermaria da Casa] não daria tempo [para salvá-lo] e você já estaria morto'", conta.
Repórter-cinematográfico há dez anos, Jesus filmava o embate da polícia com manifestantes que protestavam, do lado de fora da Assembleia, contra a alteração do sistema previdenciário dos professores, quando foi atacado.
Ele estava próximo dos policiais e já havia notado que os cães estavam alvoroçados –"talvez por causa do barulho das bombas", diz.
Foi quando percebeu que um pastor alemão avançou em um deputado estadual que saíra do prédio. Por instinto profissional, aproximou-se para filmar a cena, quando sentiu o pitbull mordendo sua perna.
Colegas do profissional o carregaram até a enfermaria da Assembleia. Lá, devido ao grande número de feridos, precisou esperar uma ambulância para ser levado ao hospital.

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