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domingo, 31 de maio de 2015
Flu vence Fla, deixa rival na degola e vê Fred estabelecer marca histórica uol
Flamengo x Fluminense - 7 vídeos
BRASILEIRÃO
O Flamengo segue sem vencer no Campeonato Brasileiro de 2015. Neste domingo, o Rubro-negro pisou o gramado do Maracanã diante de uma torcida empolgada com a contratação de Guerrero e pela estreia do técnico Cristóvão Borges. No entanto, quem deu as cartas foi o atacante Fred. O Fluminense bateu o rival por 3 a 2 e viu o camisa 9 estabelecer uma marca histórica na era dos pontos corridos.
Fred marcou duas vezes e chegou aos 107 gols desde que a fórmula foi adotada, em 2003. Ele virou o maior artilheiro da competição e superou o veterano Paulo Baier. Pará ainda fez contra. Alecsandro e Eduardo da Silva assinalaram para o time da Gávea. O resultado deixou o Flamengo na zona de rebaixamento - 18º lugar e apenas um ponto. Já o Fluminense tem sete pontos e ocupa a 9ª posição.
Agora, a equipe das Laranjeiras tem 19 triunfos contra 18 do Flamengo em confrontos pelo Campeonato Brasileiro. Houve ainda 13 empates. Na próxima rodada, os comandados de Cristóvão tentam a recuperação contra o Cruzeiro, quarta-feira, às 22h, no Mineirão. O Fluminense volta a campo na quinta-feira e enfrenta o Coritiba, às 16h, no Maracanã.
FLAMENGO 2 X 3 FLUMINENSE
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (SC)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Fábio Pereira (TO)
Renda: R$ 1.063.622,50
Público: 25.289 pagantes / 28.663 presentes
Cartões amarelos: Pará, Everton, Cáceres, Bressan e Eduardo da Silva (Flamengo); Vinicius, Wagner e Diego Cavalieri (Fluminense)
Cartões vermelhos: Canteros (Flamengo); Giovanni (Fluminense)
Gols: Fred, aos 8min do primeiro tempo, Pará (contra), aos 32min do primeiro tempo, Alecsandro, aos 35min do primeiro tempo, Fred, aos 2min do segundo tempo, Eduardo da Silva, aos 40min do segundo tempo
Árbitro: Sandro Meira Ricci (SC)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Fábio Pereira (TO)
Renda: R$ 1.063.622,50
Público: 25.289 pagantes / 28.663 presentes
Cartões amarelos: Pará, Everton, Cáceres, Bressan e Eduardo da Silva (Flamengo); Vinicius, Wagner e Diego Cavalieri (Fluminense)
Cartões vermelhos: Canteros (Flamengo); Giovanni (Fluminense)
Gols: Fred, aos 8min do primeiro tempo, Pará (contra), aos 32min do primeiro tempo, Alecsandro, aos 35min do primeiro tempo, Fred, aos 2min do segundo tempo, Eduardo da Silva, aos 40min do segundo tempo
Flamengo
Paulo Victor; Pará (Gabriel), Wallace, Bressan e Armero; Cáceres (Eduardo da Silva), Canteros e Arthur Maia (Marcelo Cirino); Everton, Paulinho e Alecsandro.
Técnico: Cristóvão Borges
Paulo Victor; Pará (Gabriel), Wallace, Bressan e Armero; Cáceres (Eduardo da Silva), Canteros e Arthur Maia (Marcelo Cirino); Everton, Paulinho e Alecsandro.
Técnico: Cristóvão Borges
Fluminense
Diego Cavalieri; Renato, Gum, Antônio Carlos e Giovanni; Edson, Jean, Wagner, Gerson (Pierre) e Vinicius (Wellington Silva); Fred (Marlone).
Técnico: Enderson Moreira
Diego Cavalieri; Renato, Gum, Antônio Carlos e Giovanni; Edson, Jean, Wagner, Gerson (Pierre) e Vinicius (Wellington Silva); Fred (Marlone).
Técnico: Enderson Moreira
UM TEXTO DE GENEILDES CARVALHO
Dr. Walter Lima está no céu!
Por: » GENEILDES CARVALHO – procuradora aposentada do TCE de Alagoas e Membro da AAI
Continuamos tristes com o desaparecimento do grande amigo Dr. Walter de Moura Lima, médico cirurgião pediátrico, que marcou época em Alagoas, mestre de muitas gerações, excelente ser humano, a quem aprendemos a querer bem, como se da família fosse. Nossa sólida amizade vinha caminhando há muitas décadas. Fazendo a viagem sem retorno, deixou uma lacuna imensurável na família, na sociedade alagoana, principalmente na Medicina da terra dos marechais, que fica mais pobre com a subida dele para o Altar de Deus.
Nesse momento de tanta dor e saudade, só nos resta rogar a Jesus Nazareno receber esse homem de bem, com as regalias que merece, concedendo a ele um lugar de luz e paz, reservado às pessoas de alma pura e caridosa. Era um indivíduo raro, de coração generoso, fazia da carreira que abraçou verdadeiro sacerdócio, cuidando de miríades de crianças, sem nunca faltar a uma criatura de tenra idade, menos favorecida pela sorte, que dele precisasse. Era querido, respeitado e admirado por uma legião de amigos, que viam nele um médico competente e decente. Por isso, todos continuam a lamentar seu passamento!
Desse modo, só nos resta juntar-nos aos seus familiares, que perderam um chefe de família valioso, apaixonado por todos eles, à sua dedicada e querida esposa, doutora Gilberta Martins Lima, a Betinha, sua única e amada irmã, a Vânia, seus queridíssimos filhos, Ana Paula, Danilo, Waltinho, Dudu, frutos do seu casamento com a inesquecível e querida Marta de Miranda Lima, que lhes deram genro, noras, netos, os quais representam a continuidade deles dois, que hoje se encontra, ao lado do Rei dos Reis, dormindo o sono eterno.
E agora, comungando dessa perda irreparável, derramamos lágrimas de saudades, de amor, agradecendo ao Redentor do mundo o privilégio de ter tido um amigo da estirpe do Dr. Walter Lima tantos anos entre nós. A ele, toda nossa gratidão pelo que fez por nossas filhas, Karyne e Larysse, nosso neto, Carlos Domingos, pacientes e que o tinham à conta de um tio. A esse homem devemos a própria vida, vez que foi ele que diagnosticou a peritonite da qual fui acometida, após parto da nossa segunda filha. Para isso, providenciou uma cirurgia de urgência com um colega talentoso, recém-chegado da França, doutor François Oliveira, evitando o óbito.
Acenando o adeus da despedida, só temos a dizer que perdemos um amigo nesse mundo terreno, ganhando o Céu mais um santo. À família enlutada, nosso abraço de conforto, que encontrem, na fé, esperança para prosseguirem na caminhada, convictos de que, um dia, todos se reencontrarão com ele na casa do Pai eterno.
Nesse momento de tanta dor e saudade, só nos resta rogar a Jesus Nazareno receber esse homem de bem, com as regalias que merece, concedendo a ele um lugar de luz e paz, reservado às pessoas de alma pura e caridosa. Era um indivíduo raro, de coração generoso, fazia da carreira que abraçou verdadeiro sacerdócio, cuidando de miríades de crianças, sem nunca faltar a uma criatura de tenra idade, menos favorecida pela sorte, que dele precisasse. Era querido, respeitado e admirado por uma legião de amigos, que viam nele um médico competente e decente. Por isso, todos continuam a lamentar seu passamento!
Desse modo, só nos resta juntar-nos aos seus familiares, que perderam um chefe de família valioso, apaixonado por todos eles, à sua dedicada e querida esposa, doutora Gilberta Martins Lima, a Betinha, sua única e amada irmã, a Vânia, seus queridíssimos filhos, Ana Paula, Danilo, Waltinho, Dudu, frutos do seu casamento com a inesquecível e querida Marta de Miranda Lima, que lhes deram genro, noras, netos, os quais representam a continuidade deles dois, que hoje se encontra, ao lado do Rei dos Reis, dormindo o sono eterno.
E agora, comungando dessa perda irreparável, derramamos lágrimas de saudades, de amor, agradecendo ao Redentor do mundo o privilégio de ter tido um amigo da estirpe do Dr. Walter Lima tantos anos entre nós. A ele, toda nossa gratidão pelo que fez por nossas filhas, Karyne e Larysse, nosso neto, Carlos Domingos, pacientes e que o tinham à conta de um tio. A esse homem devemos a própria vida, vez que foi ele que diagnosticou a peritonite da qual fui acometida, após parto da nossa segunda filha. Para isso, providenciou uma cirurgia de urgência com um colega talentoso, recém-chegado da França, doutor François Oliveira, evitando o óbito.
Acenando o adeus da despedida, só temos a dizer que perdemos um amigo nesse mundo terreno, ganhando o Céu mais um santo. À família enlutada, nosso abraço de conforto, que encontrem, na fé, esperança para prosseguirem na caminhada, convictos de que, um dia, todos se reencontrarão com ele na casa do Pai eterno.
DEU NO JORNAL DA BESTA FUBANA
1889
Este texto foi escrito pelo jornalista Laurentino Gomes.
O colunista
Laurentino Gomes, jornalista, historiador e escritor
O QUINZE DE NOVEMBRO é uma data sem prestígio no calendário cívico brasileiro. Ao contrário do Sete de Setembro, Dia da Independência, comemorado em todo o país com desfiles escolares e militares, o feriado da Proclamação da República é uma festa tímida, geralmente ignorada pela maioria das pessoas. Sua popularidade nem de longe se compara à de algumas celebrações regionais, como o Dois de Julho na Bahia, o Treze de Março no Piauí, o Vinte de Setembro no Rio Grande do Sul ou o Nove de Julho em São Paulo. Essas efemérides exaltam vitórias, confrontos ou revoltas locais, respectivamente a expulsão dos portugueses de Salvador; a Batalha do Jenipapo no sertão piauiense ao final da Guerra da Independência; o início da Revolução Farroupilha; e a Revolução Constitucionalista liderada pelos paulistas em 1932. São eventos históricos que nem todos os brasileiros conhecem, porém com os quais a população local fortemente se identifica. Isso não ocorre com a data da criação da República brasileira.
Personagens republicanos como Benjamin Constant, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto são nomes onipresentes em praças e ruas das cidades brasileiras, mas pergunte a qualquer estudante do ensino médio quem foram esses homens e a resposta certamente demorará a vir. Nas escolas ensina-se mais sobre o português Pedro Álvares Cabral, descobridor das terras de Santa Cruz, como o Brasil ainda era conhecido em 1500, ou Tiradentes, o herói da Inconfidência Mineira de 1789, do que sobre os criadores da República, episódio bem mais recente, ocorrido há pouco mais de um século. A história republicana é menos conhecida, menos estudada e ainda menos celebrada do que os heróis e eventos do Brasil monárquico e imperial, que cobrem um período relativamente mais curto, de apenas 67 anos.
A julgar pela memória cívica nacional, o Brasil tem uma República mal-amada.
ASA CONSEGUE A PRIMEIRA VITÓRIA NO GRUPO C - GAZETAWEB
O ASA conseguiu, na noite deste sábado, a primeira vitória na Série C 2015 em alto estilo ao aplicar 3x0 no América-RN. Este resultado também representa quebra de tabu porque o alvinegro arapiraquense nunca havia derrotado este adversário potiguar no Coaracy da Mata Fonseca.
O atacante Uederson foi o artilheiro da partida, com dois gols, e o volante Marcos Antônio fechou o placar de 3x0. Este resultado faz com que o ASA ingresse no G4, sendo agora terceiro colocado com 5 pontos, embora a ainda faltam dois jogos para o grupo A ser encerrado nesta terceira rodada e o Fantasma de Alagoas pode ser ultrapassado pelos concorrentes. Já o Mecão, que começou esta rodada em terceiro, agora ocupa a quinta posição, com 4 pontos
O atacante Uederson foi o artilheiro da partida, com dois gols, e o volante Marcos Antônio fechou o placar de 3x0. Este resultado faz com que o ASA ingresse no G4, sendo agora terceiro colocado com 5 pontos, embora a ainda faltam dois jogos para o grupo A ser encerrado nesta terceira rodada e o Fantasma de Alagoas pode ser ultrapassado pelos concorrentes. Já o Mecão, que começou esta rodada em terceiro, agora ocupa a quinta posição, com 4 pontos
DICA DO FERNANDO ANDRADE - VALE A PENA A LEITURA - LETRAS DE MÚSICA DE ZÉ RAMALHO
Você já parou alguma vez na vida para tentar entender esta música tão complexa? Zé Ramalho consegue ser um dos poucos cantores que compõe músicas com alto repertório (de difícil entendimento) e mesmo assim agrada o gosto popular. Consegue transmitir sentimentos.
Hoje no carro ouvindo Chão de Giz, decidi prestar atenção na letra e bateu a curiosidade de conhecer a verdadeira história da música. De entendê-la! Descobri e achei bacana compartilhar com vocês.
Vale a pena a leitura!
Explicação dada, em tese, pelo próprio compositor, O GRANDE POETA ZÉ RAMALHO, sobre Chão de Giz:
Ainda jovem, o compositor teve um caso duradouro com uma mulher bem mais velha que ele, casada com uma pessoa bem influente da sociedade de João Pessoa, na Paraíba, onde ele morava. Ambos se conheceram no carnaval. Zé Ramalho ficou perdidamente apaixonado por esta mulher, que jamais abandonaria um casamento para ficar com um “garoto pé -rapado”. Ela apenas “usava-o”. Assim, o caso que tomava proporções enormes foi terminado. Zé Ramalho ficou arrasado por meses, mudou de casa, pois morava perto da mulher e, nesse meio tempo, compôs Chão de giz.
Sabendo deste pequeno resumo da história, fica mais fácil interpretar cada verso da canção. Vamos lá!
“Eu desço desta solidão e espalho coisas sobre um chão de giz”
Um dos seus hábitos, no sofrimento, era espalhar pelo chão todas as coisas que lembravam o caso dos dois. O chão de giz indica como o relacionamento era fugaz.
“Há meros devaneios tolos, a me torturar”
Devaneios e lembranças da mulher que não o amou. O tinha como amante, apenas para realizar suas fantasias. Quando e como queria.
“Fotografias recortadas de jornais de folhas amiúdes”
Outro hábito de Zé Ramalho era recortar e admirar TODAS as fotos dela que saiam nos jornais – lembrem-se, ela era da alta sociedade, sempre estava nas colunas sociais.
“Eu vou te jogar num pano de guardar confetes”
Pano de guardar confetes são balaios ou sacos típicos das costureiras do Nordeste, nos quais elas jogam restos de pano, papel, etc. Aqui, Zé diz que vai jogar as fotos dela nesse tipo de saco e, assim, esquecê-la de vez.
“Disparo balas de canhão, é inútil, pois existe um grão-vizir”
Ele tenta ficar com ela de todas as formas, mas é inútil, pois ela é casada com um homem muito rico.
“Há tantas violetas velhas sem um colibri”
Aqui ele utiliza de uma metáfora. Há tantas violetas velhas (Como ela, bela, mas velha) sem um colibri (um jovem que a admire), dessa forma ele tenta novamente convencê-la apelando para a sorte – mesmo sendo velha (violeta velha), ela pode, se quiser, ter um colibri (jovem).
“Queria usar, quem sabe, uma camisa de força ou de vênus”
Este verso mostra a dualidade do sentimento de Zé Ramalho. Ao mesmo tempo que quer usar uma camisa de força para se afastar dela, ele também quer usar uma camisa de vênus para transar com ela.
“Mas não vou gozar de nós apenas um cigarro”
Novamente ele invoca a fugacidade do amor dela por ele, que o queria apenas para “gozar o tempo de um cigarro”. Percebe-se o tempo todo que ele sente por ela um profundo amor e tesão, enquanto é correspondido apenas com o tesão, com o gozo que dura o tempo de se fumar um cigarro.
“Nem vou lhe beijar, gastando assim o meu batom”
Para quê beijá-la, se ela quer apenas o sexo?
“Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra vez…”
Novamente ele resolve ir embora, após constatar que é impossível tentar algo sério com ela. Entretanto, apaixonado como está, vai novamente à lona – expressão que significa ir a nocaute no boxe, mas também significa a lona do caminhão, com o qual ele foi embora – ele teve que sair de casa para se livrar desse amor doentio.
“Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar”
Amor inesquecível, que acorrenta. Ela pisava nele e ele cada vez mais apaixonado. Tinha esperanças de um dia ser correspondido.
“Meus vinte anos de ‘boy’ – that’s over, baby! Freud explica”
Ele era bem mais novo que ela. Ele era um boy, ela era uma dama da sociedade. Freud explica um amor desse (Complexo de Édipo, talvez?).
“Não vou me sujar fumando apenas um cigarro”
Depois de muito sofrimento e consciente que ela nunca largaria o marido/status para ficar com ele, ele decide esquecê-la. Essa parte ele diz que não vai se sujar transando mais uma vez com ela, pois agora tem consciência de que nunca passará disso.
“Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval”
Eles se conheceram em um carnaval. Voltando a falar das fotos dela, que iria jogar em um pano de guardar confetes, ele consolida o fim, dizendo que já passou seu carnaval (fantasia), passou o momento.
“E isso explica porque o sexo é assunto popular”
Aqui ele faz um arremate do que parece ter sido apenas o que restou do amor dele por ela (ou dela por ele): sexo. Por isso o sexo é tão popular, pois apenas ele é valorizado. Ela só queria sexo e nada mais.
“No mais, estou indo embora”
Assim encerra-se a canção. É a despedida de Zé Ramalho, mostrando que a fuga é o melhor caminho e uma decisão madura. Ele muda de cidade e nunca mais a vê. Sofreu por meses, enquanto compôs a música.
Toda essa explicação foi dada pelo próprio Zé Ramalho.
Via: MúsicasBrasileiras
DILMA PASSEIA DE BICICLETA - BLOG DO JOSIAS
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Dilma Rousseff foi flagrada dando pedaladas na manhã deste sábado (30). Nada a ver, dessa vez, com as manobras fiscais que levaram a oposição a mover contra ela uma ação criminal na Procuradoria-Geral da República. As novas pedaladas foram literais, não metafóricas. A presidente impulsionou os pedais de uma bicicleta. Fez isso fora dos domínios do Palácio da Alvorada, sua residência oficial.
Dilma cruzou os portões do Alvorada por volta das 9h. Camuflada sob um capacete de proteção e roupas esportivas, usou um portão lateral. Retornou depois de passear por meia hora. Foi acompanhada de perto por dois seguranças, também de bicicleta. Outra equipe de guarda-costas seguiu o deslocamento presidencial à distância, de carro.
Deve-se a incursão à guerra que Dilma trava com a balança. Depois de se livrar de cerca de 15 quilos seguindo a dieta Ravenna, do endocrinologista argentino Maximo Ravenna, a presidente tenta conservar a silhueta. “Eu acho que as pessoas têm de andar, porque andar é gratis”, ela ensinou dias atrás, em viagem ao México. “Agora, se tiver uma bicicletinha, é bom pedalar. Se tiver um elásticozinho, é bom fazer uma musculação, né?”
Excetuando-se uma equipe da TV Record, que a filmou, Dilma não foi reconhecida por ninguém —nem pelos turistas que visitavam o local para admirar os traços de Niemeyer nem pelas pessoas que passaram de carro rente aos 5 quilômetros de calçada percorridos pela neociclista. Melhor assim.
Dilma não perdeu apenas gordura. Em algum lugar situado entre o discurso da campanha de 2014 e a prática do segundo mandato, a presidente perdeu também a popularidade. Sua fama tornou-se um monstro inconstante, que se alimenta do ruído das panelas, das buzinas e das vaias. Melhor pedalar incógnita.
sábado, 30 de maio de 2015
DO FACE DE EDBERTO TICIANELI
Especialista de Harvard alerta sobre interesses dos EUA em crise na Fifa
"Eu estou chocado, você não está?", diz John Shulman ao atender a reportagem do UOL. Ele tem uma opinião diferente sobre o envolvimento dos Estados Unidos no escândalo da FIFA. Professor convidado da Fundação Dom Cabral, especialista em mediação de negociações, cofundador do Centro para a Negociação e a Justiça dos EUA, e formado em direito pela Universidade de Harvard, ele acredita que a intervenção "não teve cunho legal, mas geopolítico".
"Com essa ação, os EUA enviam dois recados. Para o mundo, o de que o nosso sistema legal pode te pegar se você estiver fazendo algo errado. Internamente, mostramos que tomamos a iniciativa de resolver a corrupção dos outros", diz o professor.
E John entende tanto de geopolítica quanto de futebol. Seu currículo de mediador inclui diversos trabalhos ao redor do mundo, incluindo no Oriente Médio, na Índia e em Ruanda. Sobre o "soccer", uma curiosidade: o hoje professor já jogou profissionalmente na Índia, onde, segundo ele, foi o primeiro jogador ocidental por aquelas bandas.
"Os Estados Unidos nunca deram a menor bola para o futebol. De repente, pela primeira vez na história, o The New York Times vem com a primeira página inteira falando do assunto. Aí eu me pergunto: por quê?", questiona John. Para o professor, há vários pontos obscuros no envolvimento americano. "A logística de uma operação internacional deste porte simplesmente não vale a pena. Até porque não há um número de vítimas nos EUA que justifiquem tamanha mobilização", argumenta ele. "Há empresas nos EUA muito mais corruptas do que a FIFA, pode ter certeza", crava o especialista.
"Para mim, trata-se claramente do seguinte: são os EUA mobilizando seu aparato legal interno em prol de questões geopolíticas. No caso, para colocar pressão na Rússia (sede da Copa de 2018), com quem o país tem tido problemas recentemente, e no Qatar (sede da Copa de 2022), onde também existem questões geopolíticas".
John cita ainda a chance para os EUA desestruturarem uma organização que, corrupta ou não, tem tentáculos de poder que fogem ao seu alcance. "A ONU está presente em vários países, mas os EUA têm poder sobre ela. Isso não acontece com a FIFA, o que causa uma ruptura da hegemonia americana."
Quer dizer, se você está feliz que alguém finalmente tomou a iniciativa de enquadrar a FIFA, comemore com moderação. "É claro que a FIFA é corrupta. Todo mundo sabe disso. Mas os EUA não estão fazendo isso pelo bem do futebol", completa John.
UM TEXTO DE RONALD MENDONÇA
BABILÔNIA
RONALD MENDONÇA
MÉDICO E MEMBRO DA AAL
Meus amigos e os poucos leitores
já me advertiram: não aguentamos mais que você fale em hospital psiquiátrico.
Tenha dó, seu Ronald, já está enchendo. Você se transformou num escritor
monotemático. Só falta falar em imprensa hegemônica e reacionária.
Meus familiares estão me recomendando
temas. A falta d´água de São Paulo. Os refugiados africanos, a aproximação de
Tio Sam com Vô Fidel, o pibinho brasileiro... Até os roubos que o PT comandou
na Petrobrás... Pelo amor de Deus, Ronald, tudo menos Zé Lopes, hospital
psiquiátrico e luta manicomial.
A carne é fraca e o espírito
vacilante. Nesta quinta, participei de uma audiência pública na Câmara dos
Vereadores de Maceió. Não deveria ter ido. Não tenho mais idade para ouvir de
uma autodenominada auditora que “fecha” o hospital no dia em que ela encontrar
um aparelho de eletrochoque. Santo Deus! Quanta arrogância! Quanta ignorância!
A dirigente da Saúde Mental do
município (uma assistente social despreparada, que nada entende de psiquiatria)
é uma catástrofe quando resolve abrir a boca. Melhor seria o mutismo acinético.
Seria estratégico. Ninguém ficaria sabendo do tamanho do seu dessaber. Lá pras
tantas, resolve dizer que o HGE já está recebendo portadores de distúrbios
mentais... São dois leitos, segundo a dirigente.
Vi-me quinze anos atrás, na mesma
câmara municipal, quando participei de um debate fajuto de cartas marcadas.
Naquela ocasião, uma senhora, creio psicóloga de formação, resolveu chutar que
conhecia um caso de cura de doente mental ocorrida justo num hospital geral do
interior. Com este único caso (N=1), a psicóloga apregoou sua revolucionária
teoria.
Felizmente, não apareceu nenhum
gestor para divulgar que não existe hospital psiquiátrico na Grã Bretanha... Ou
aquela que ensina que doente psiquiátrico é igual a qualquer doente crônico,
como o diabético e o hipertenso... Que na Europa e nos Estados Unidos não
existem hospitais psiquiátricos... Ninguém teve o topete de dizer que os donos
não abrem mão dos lucros...
Pensando bem, valeu a pena ouvir
uma Heloisa Helena. Sem medo de desagradar, HH muito mais sensível, está a
léguas dos leitores do livrinho sobre a Reforma Psiquiátrica. Valeu a pena
testemunhar o parecer de uma jurista do status de uma Micheline Tenório,
enquadrando os que, maldosamente, levaram a Saúde Mental em Maceío a esta torre
de babel.
UM TEXTO DE RICARDO NOBLAT - JBF
CEGUEIRA, INCOMPETÊNCIA OU CUMPLICIDADE
“A questão, hoje, é se ele é o astuto capo di tutti capi de uma máfia do colarinho branco que administra milhões de dólares escondidos por aí ou se é o que tenta parecer: um quase ancião distraído com tendências burlescas que não sabia das más ações dos corruptos ao seu redor.
O que todo mundo sabe, ainda mais depois que foram presas pessoas tão estreitamente ligadas a ele, é que muitas delas encheram os bolsos com dinheiro sujo. Ele sustenta que não sabia de nada. Uma olhada em sua trajetória coloca em dúvida o que diz.
Nascido em uma família da classe trabalhadora, foi ele que transformou a estrutura que comanda em uma máquina de ganhar dinheiro.
Não há nenhuma prova, é verdade, que ele se beneficiou da roubalheira.
Mas é preciso ter sido muito cego ou muito incompetente para não fazer uma ideia do que se passava a poucos metros do seu gabinete de trabalho. Ou mesmo em locais distantes, mas ao seu alcance.
Talvez não demore mais tanto assim para que a Justiça diga se ele é inocente de qualquer delito e ignorante dos crimes dos seus amigos. Enquanto isso, o que se pode afirmar com segurança é que ao longo de sua carreira ele demonstrou ter uma pele de rinoceronte misturada com uma camada espantosamente protetora de teflon.”
(Trechos levemente reescritos de duas reportagens publicadas, hoje, pelo jornal espanhol El País sobre Joseph Blater, presidente da FIFA. Qualquer semelhança com outros fatos reais ou inventados não passa de mera coincidência.)
Joseph Sepp Blatter e Luiz Inácio Lula da Silva