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O CONTRATO QUE DIRCEU ENTREGOU ENTRE SUA EMPRESA E A ENGEVIX ERA DE R$ 300 MIL (FOTO: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO)
Investigadores da Operação Lava Jato encontraram divergências nos dados de contratação e pagamentos feitos pela empreiteira Engevix Engenharia para a JD Assessoria e Consultoria Ltda., do ex-ministro José Dirceu. Quebra de sigilo fiscal da empresa mostra que ela recebeu da empreiteira acusada de cartel e corrupção na Petrobrás R$ 1,1 milhão, entre 2008 e 2011
O valor e as datas de vigência não batem com os que constam no contrato entregue pela defesa da JD, no dia 12 de março, à Justiça Federal. O pedido foi feito pelo Ministério Público Federal para que a empresa de consultoria completasse informações prestadas de pagamentos de empresas do cartel para ele.
A Defesa de José Dirceu entregou à Polícia Federal cópia de seu passaporte que registra 108 viagens a 28 países. Os destinos mais frequentes foram Venezuela e Portugal, com 16 viagens cada. Depois vêm EUA (14 vezes) e Panamá (8). O documento foi entregue para comprovar que os serviços contratados pela Galvão Engenharia, OAS e UTC - suspeitas de integrarem cartel na Petrobrás - "foram prestados regularmente pela JD Consultoria". (AE)
O contrato, em poder da Lava Jato, foi assinado no dia 2 de novembro de 2010. Ele previa pagamento de R$ 300 mil, de forma parcelada. O objeto era o serviço de “assessoria jurídica, institucional para atuação no mercado latino americano e africano”.
O vice-presidente da Engevix, Gérson de Mello Almada, em depoimento à Justiça Federal na terça-feira, 17, disse que contratou Dirceu para fazer “lobby internacional”.
O documento contratual registra ainda prazo de execução de seis meses. Há, porém, referência a início do objeto em 2 de novembro de 2009 e término em 1 de maio de 2011.
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