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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Sérgio Jucá: Investigações apontam uma situação vergonhosa na ALE Procurador-geral disse que o MPE prepara uma ação de denúncia estratégica. GAZETAWEB



O procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, revelou, na tarde desta quinta-feira (4), em entrevista à 
Gazetaweb, que os relatórios contábeis enviados por órgãos federais ao Ministério Público de Alagoas (MPE/AL) mostram uma prática vergonhosa na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). Há mais de um ano, 15 promotores estão debruçados sobre os depoimentos de funcionários, deputados, fornecedores e dos relatórios da Receita Federal e Controladoria-Geral da União para apurar as denúncias de irregularidades existentes na Casa de Tavares Bastos. O MPE tem o auxílio da Polícia Federal no cruzamento de dados. 

De acordo Sérgio Jucá, a procuradoria-geral não pode adiantar quais os próximos passos que o Ministério Público vai adotar com relação às denúncias de irregularidades na ALE. No entanto, adiantou que os relatórios apontam uma situação de vergonha no parlamento alagoano. “Encontramos servidores ganhando mais de R$ 350 mil por ano e, mesmo assim, está inserido em programas de transferência de renda do governo federal. Uma completa vergonha”, disse o procurador. 

Ainda segundo o procurador, nos próximos dias, o MPE deve concluir as investigações sobre as irregularidades na Casa de Tavares Bastos. Ele explicou que a demora em ofertar denúncia contra os suspeitos acontece diante do grande volume de provas que precisa ser analisado com cuidado. Jucá afirma que a denúncia do MPE vai ser feita à Justiça de forma estratégica, para não se arrastar por anos nos Tribunais do Brasil. 

Em junho de 2013, o deputado João Henrique Caldas denunciou, durante entrevista coletiva, que a atual Mesa Diretora da Assembleia manipularia de forma ilícita a folha de pessoal do Legislativo. Ele alegou que os dirigentes da Casa de Tavares Bastos teriam sacado, de forma irregular, mais de R$ 4,5 milhões na Caixa Econômica Federal. 

O deputado estadual também denunciou irregularidades no pagamento de gratificações para servidores comissionados. Um total de R$ 17,5 milhões teria sido destinado para esse fim, somente no ano de 2011. Ainda segundo o deputado, os valores das irregularidades ultrapassariam os R$ 35 milhões
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