PÕE O DEDO, SAI PUS
Uma tarde, em 1947, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e João Etienne Filho, jornalistas e escritores mineiros desembarcados no Rio, tomavam seu chope pobre no Vermelhinho, em frente à ABI, e ruminavam as esperanças nacionais.
Chega Otto Lara Resende, também mineiro, jornalista e escritor, que fazia a cobertura do Senado ali ao lado, no Palácio Monroe, na Cinelândia, derrubado pela irresponsabilidade ditatorial do general Ernesto Geisel:
- Esse José Américo é um gênio. Na tribuna, vira gigante. Ninguém o vence. Hoje um senador o interpelou sobre um acontecimento qualquer, ele bateu a mão fechada na tribuna e gritou seco:
- Isto é meu e morrerá comigo.
O Senado ficou longamente em silêncio.
JOÃO ETIENNE
João Etienne escreveu a frase no cartão do chope e guardou:
- Isto dá um poema.
Trinta anos depois, sempre jornalista, professor de teatro, poeta consagrado, Etienne fez o poema. Chama-se Isto é Meu .
“O ideal de beleza, o que há, o que haverá de mim para contigo /
isto é meu e morrerá comigo.
A mágoa que não conto ao mais dileto amigo / isto é meu e morrerá comigo.
O remorso de ser joio entre o trigo /
isto é meu e morrerá comigo.
O que me dilacera e finjo que não ligo /
isto é meu e morrerá comigo.
O que hei de levar ao derradeiro abrigo / isto é meu e morrerá
comigo.
E o que quero que inscrevam em meu jazigo /
isto é meu e viverá comigo.”
PADILHA
O PT não merece sequer a lembrança desse belo poema do João Etienne Filho. O PT acha que o País é dele e viverá e morrerá com ele. Assumiu a esquizofrênica arrogância de Lula e trata a Nação como se fosse uma propriedade dele, um gole de cachaça numa varanda em São Bernardo.
Felizmente, a história dos povos é sempre mais poderosa do que a histeria dos coroneloides. Um dia, quando eles menos esperam, a casa começa a ruir. Há coisa mais constrangedora do que o desesperado esforço do coitado do Alexandre Padilha tentando mostrar que podem acender uma lâmpada no poste apagado que ele é?
O papelão que o Padilha fez no programa Roda Viva, da TV Cultura, gaguejando, olhando para os lados pedindo socorro, só se entende quando se sabe que o capataz Rui Falcão só permite que ele fale o que foi ditado antes. O Padilha, coitado, é um incubado médico cubano.
Morre de medo do Fidel de São Bernardo e de sua trupe.
DILMA
Já que falamos de escritores, é bom lembrar o gênio de Gabriel García Márquez sobre uma brutal ditadura da sua Colômbia:
- Na Colômbia, onde se põe o dedo, sai pus.
As revistas, nas bancas de jornais, estão assim: onde se abre, sai pus. Nos fins de semana, a Veja, a Época, a IstoÉ, são uma cachoeira de escândalos, nascidos dentro do Palácio do Planalto. A Dilma ganhou prometendo ser “uma gerentona”. Agora, repete seu patrão Lula : - Não sei, não vi, não me falaram”. Passa a vida tentando explicar o “inexplicável”. Ensinaram-lhe alguns adjetivos que ela vai usando.
1- A Petrobras, cujo Conselho de Administração era presidido por ela, comprou por 1 bilhão e 300 milhões uma refinaria sucateada que tinha sido negociada por 42 milhões. Ela disse que era “inacreditável”.
2 - O Palácio do Planalto e o PT prepararam uma “cola”, um “gabarito”, para a vergonhosa CPI do Senado interrogar os diretores da Petrobras. Ela disse que era “inaceitável”. Mas não é ela a “gerentona”?
3 - Dentro do Palácio do Planalto alguém fraudou as biografias dos jornalistas Miriam Leitão e Calos Alberto Sardenberg. Ela disse que era “estarrecedor”. Mas não é ela a “gerentona”? Se a Dilma não sabe o que acontece na sua cozinha, como saberá o que acontece no País e no mundo?
Uma tarde, em 1947, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e João Etienne Filho, jornalistas e escritores mineiros desembarcados no Rio, tomavam seu chope pobre no Vermelhinho, em frente à ABI, e ruminavam as esperanças nacionais.
Chega Otto Lara Resende, também mineiro, jornalista e escritor, que fazia a cobertura do Senado ali ao lado, no Palácio Monroe, na Cinelândia, derrubado pela irresponsabilidade ditatorial do general Ernesto Geisel:
- Esse José Américo é um gênio. Na tribuna, vira gigante. Ninguém o vence. Hoje um senador o interpelou sobre um acontecimento qualquer, ele bateu a mão fechada na tribuna e gritou seco:
- Isto é meu e morrerá comigo.
O Senado ficou longamente em silêncio.
JOÃO ETIENNE
- Isto dá um poema.
“O ideal de beleza, o que há, o que haverá de mim para contigo /
isto é meu e morrerá comigo.
A mágoa que não conto ao mais dileto amigo / isto é meu e morrerá comigo.
O remorso de ser joio entre o trigo /
isto é meu e morrerá comigo.
O que me dilacera e finjo que não ligo /
isto é meu e morrerá comigo.
O que hei de levar ao derradeiro abrigo / isto é meu e morrerá
comigo.
E o que quero que inscrevam em meu jazigo /
isto é meu e viverá comigo.”
PADILHA
O PT não merece sequer a lembrança desse belo poema do João Etienne Filho. O PT acha que o País é dele e viverá e morrerá com ele. Assumiu a esquizofrênica arrogância de Lula e trata a Nação como se fosse uma propriedade dele, um gole de cachaça numa varanda em São Bernardo.
Felizmente, a história dos povos é sempre mais poderosa do que a histeria dos coroneloides. Um dia, quando eles menos esperam, a casa começa a ruir. Há coisa mais constrangedora do que o desesperado esforço do coitado do Alexandre Padilha tentando mostrar que podem acender uma lâmpada no poste apagado que ele é?
Morre de medo do Fidel de São Bernardo e de sua trupe.
DILMA
Já que falamos de escritores, é bom lembrar o gênio de Gabriel García Márquez sobre uma brutal ditadura da sua Colômbia:
- Na Colômbia, onde se põe o dedo, sai pus.
As revistas, nas bancas de jornais, estão assim: onde se abre, sai pus. Nos fins de semana, a Veja, a Época, a IstoÉ, são uma cachoeira de escândalos, nascidos dentro do Palácio do Planalto. A Dilma ganhou prometendo ser “uma gerentona”. Agora, repete seu patrão Lula : - Não sei, não vi, não me falaram”. Passa a vida tentando explicar o “inexplicável”. Ensinaram-lhe alguns adjetivos que ela vai usando.
2 - O Palácio do Planalto e o PT prepararam uma “cola”, um “gabarito”, para a vergonhosa CPI do Senado interrogar os diretores da Petrobras. Ela disse que era “inaceitável”. Mas não é ela a “gerentona”?
3 - Dentro do Palácio do Planalto alguém fraudou as biografias dos jornalistas Miriam Leitão e Calos Alberto Sardenberg. Ela disse que era “estarrecedor”. Mas não é ela a “gerentona”? Se a Dilma não sabe o que acontece na sua cozinha, como saberá o que acontece no País e no mundo?
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