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Entre a vitória nos pênaltis sobre o Chile, pelas quartas de final, e o duelo contra a Colômbia, nesta sexta-feira, às 17h, o choro compulsivo de alguns jogadores da seleção brasileira foi discutido à exaustão. Para se classificar para a semifinal da Copa do Mundo, no entanto, os problemas que Luiz Felipe Scolari, Neymar & Cia. têm pela frente são muito maiores.
James Rodriguez é um deles. Provavelmente o maior. O camisa 10 da Colômbia não é só o artilheiro desta Copa, com cinco gols. É o melhor jogador (o ranking feito pela Fifa pode, e deve, ser ignorado nesse caso). O meia atua entre as duas áreas, comandando as ações de sua equipe. É um dilema para todos os adversários. O problema é que esse é exatamente o espaço que não será ocupado pelo suspenso volante Luiz Gustavo, o mais regular jogador da seleção brasileira desde a estreia contra a Croácia. Cenário favorável para o colombiano, que deverá ser marcado por Fernandinho. E essa é uma preocupação real.
Fernandinho até ocupa espaço semelhante ao de Luiz Gustavo no Manchester City. Mas, na Inglaterra, mais do que marcar, sua função é construir. É responsável pelo início das jogadas. E Fernandinho não é o único desacostumado à função. Esse time do Brasil, coletivamente, nunca jogou sem um primeiro volante responsável pela proteção.
Além disso, a formação tática colombiana, sobreposta à brasileira, ainda dá vantagem a outros dois destaques: Juan Cuadrado, ponta direita, e Pablo Armero, lateral esquerdo. A ofensividade da dupla encontra oportunidades nas carências defensivas dos laterais brasileiros, Marcelo e Daniel Alves, que têm apresentado problemas para proteger os espaços criados entre investidas ofensivas e a proteção.
Adversário pessoal de Marcelo, Cuadrado atualmente é disputado por Bayern de Munique, Barcelona e Manchester United. Será um dos mais – senão o mais – valorizados desta Copa do Mundo e dificilmente ficará na Fiorentina a partir de agosto.
E é pela precisão da Colômbia, tanto nos ataques como nas finalizações, que o Brasil será obrigado a minimizar os erros. O time colombiano marcou 11 gols, contra 8 do Brasil nessa Copa, mesmo atacando muito menos. O time de Felipão, segundo dados oficiais da Fifa, teve uma média de 47,5 ataques por partida nos últimos quatro jogos, contra 29 da Colômbia. A diferença é ainda maior nos chutes a gol: O Brasil finalizou 9 vezes para marcar cada gol, enquanto os colombianos chutaram 4 vezes para cada bola nas redes, muito mais precisos.
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