Já como ex-paquita, um novo marco: me convidaram pra ser Garota do Fantástico, um quadro/concurso do programa global em que eles gravavam um clipe com a pessoa. Foi engraçado ver os esforços da produção do programa pra transformar uma menina – eu tinha 17 anos! – num mulherão. Mas rolou, e passei a ser reconhecida como um símbolo sexual.
Então veio a capa da Playboy
Dias depois, recebo uma ligação. Era um convite pra ser capa da Playboy, edição de dezembro de 1987. Fiquei muito empolgada! Óbvio que meus pais foram contra, mas eu estava decidida. Era o meu momento. Detalhe: eu tinha 17 anos. Não entendia o que a revista queria com uma menina magrela, sem bunda e sem peito. Mas o cachê era bom – comprei meu próprio apartamento e até um sítio! –, e eu tava louca pra mostrar que era moderna. Só que a sessão de fotos foi dramática. Nos primeiros três dias, não consegui tirar uma peça de roupa sequer. No quarto, com a equipe toda já de saco cheio o ensaio todo foi clicado em uma hora. Consigo ver claramente um ar de melancolia em todas as fotos... De repente, minha vida virou do avesso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário