O rebaixamento da nota de crédito soberano do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor's não deve ter grande impacto econômico imediato, já que era esperado por parte do mercado, mas aumenta a pressão sobre o governo para que melhore a gestão fiscal, dizem analistas consultados pela BBC Brasil.
"Acendeu o sinal amarelo", disse à BBC Brasil o analista Christopher Garman, diretor para mercados emergentes do Eurasia Group.
"O medo de perder o grau de investimento deve impactar na maneira como o governo gerencia sua política macroeconômica", afirmou.
Para o professor de economia Otto Nogami, do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa, a decisão pega o Brasil em um momento crítico, de dependência elevada em relação ao capital estrangeiro e baixo desempenho da balança comercial no ano passado, que teve o pior saldo desde 2000.
"Agora, mais do que nunca, a pressão para que o governo ande na linha aumenta de maneira significativa, principalmente em ano eleitoral", disse Nogami à BBC Brasil.
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