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sábado, 1 de março de 2014

DEU NO JORNAL DA BESTA FUBANA -

A SEMANA PASSADA

O Brasil é um país de moda. Já foi um país da moda. Mas isso foi antes do pibinho, da alquimia fiscal e de decisões erráticas da governança Dilmista. Com o verão, surgem as modas da temporada. A moda da vez é amarrar assaltantes, preferencialmente negros, em postes. Poste já foi metáfora política. Para eleger candidatos. Agora, é condenação coletiva. Para privatizar castigo. Como toda moda, esta também vai passar. Mas deixa laivo escravista. Que faria a indignação de Joaquim Nabuco. Cento e vinte e seis anos após a abolição da escravatura.
duke
Outra moda deste verão tropical foi a camiseta para a Copa do Mundo, lançada pela Adidas, com conotação sexual. Curioso. Há costume, nestes tempos de narcisismo, de se falar sobre sexo. Verdadeira obsessão. Chego a pensar que, quem fala muito sobre tal tema, é porque não versa sobre ele. Mas, deixa pra lá. De qualquer modo, empresa produzir camiseta, usando as cores nacionais, em evento ligado ao futebol, com conotação sexual, tenha paciência. É marketing tosco, revela mau gosto. E sugere subinteligência. Graças a Deus e à sensatez, o símbolo foi abandonado. E a camiseta arquivada.
cazo
A terceira moda tende a pegar. Está ligada à nova composição do STF. Que vai produzir consequências que vão além da absolvição de Dirceu, Genoíno e Delúbio do crime de formação de quadrilha. Na verdade, alinham-se ao governo os ministros Lewandovski (amigo do ex presidente Lula), Dias Tofoli (ex assessor de Dirceu), Teori Zavascki e Luis Roberto Barroso (que reclamou do tamanho das penas aplicadas aos mensaleiros). São quatro de nove ministros. Aposentado o próximo integrante da Corte, o governo indica outro amigo e passa a ter maioria. O passo seguinte dos advogados dos mensaleiros será pedir revisão do processo criminal. Solicitar redução de pena. E, até, a anulação das condenações. É a moda da impunidade. Mas, esta, é a nova velha moda brasileira.
sergiopaulo

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