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sábado, 8 de fevereiro de 2014

A Barra  Gestou um Broto: a folha
Alberto Rostand Lanverly
Membro das Academias Maceioense e Alagoana de Letras e do IHGAL


Imagino ser, a Revista,  uma das mais  criativas iniciativas do homem. É um periódico situado em faixa intermediária, entre os jornais e os livros. Não se lhes exige a profundidade literária dos últimos, nem a capacidade informativa dos primeiros. Elas agradam o público, em geral, por conterem, além de artigos e publicidade, inúmeras imagens que invariavelmente prendem a atenção da clientela.
            Recordo-me quando, na infância, adorava ler um tipo de revista que se apresentava em formatinho diferenciado dos regularmente disponibilizados ao público. Eram os Gibis, aos quais sempre dediquei um carinho todo especial, sendo, inclusive, extremamente zeloso com a catalogação e armazenamento de alguns títulos como Roy Rogers, Tarzan e Os Jetsons, que ainda hoje possuo.
            Lembro também de, naquela época, imaginar ser herói de meu próprio gibi, onde, nos quadrinhos que compunham seu conteúdo, poderia cavalgar perseguindo índios e ursos, nadar contra a correnteza em rios caudalosos, cheios de jacarés e cobras gigantes, e, também, voar até a lua para ajudar São Jorge a matar o dragão.
            Elas sempre foram, para mim, além de instrumentos de leitura, bons amigos que, pelo simples fato de estarem a meu lado, me deixavam feliz e satisfeito. Com o passar do tempo entendi: como tudo na vida, minhas revistas eram cercadas por centenas de outras semelhantes. Pelo menos, assim parecia. Não demorou muito e descobri não existirem duas exatamente iguais. Cada uma tinha seu próprio nome e possuía público especial. Realidade, Manchete e Cruzeiro são exemplos de algumas que nasceram e morreram deixando um legado inesquecível. Outras, a cada edição, mais se firmam, a nível nacional, com especial destaque para Época, Veja e Isto É.
Apesar de eternamente apaixonado pela Barra de São Miguel, somente no outono de minha existência vi ali surgir uma Revista, chamada Folha. A partir de então, passei a comparar a cidade de meus encantos com uma grande e frondosa planta de onde germinam, não somente frutos excelentes, mas, também, brotos como este magazine, que, nos últimos anos, através de textos mágicos mensais, tem divulgado, aos quadrantes do Brasil, notícias inspiradas na beleza do sol, da lua, das estrelas, do mar e dos arrecifes para enaltecerem e enfeitarem o decantado município. 
            Hoje, poderia dizer sentir-me um pouco Folha e um pouco Barra. Talvez por isto, cada vez mais entendo que os Gibis de outrora cederam espaço, em meu coração,   à Revista Folha, cuja leitura torna os dias mais excepcionalmente amenos e agradáveis, com as noites mais serenas e sempre povoadas de sonhos de otimismo

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