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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

UM TEXTO DE ALBERTO ROSTAND

MUITAS “GUERRAS” PARA 2014
Alberto Rostand Lanverly
Membro das Academias Maceioense e Alagoana de Letras e do IHGAL

                
Os indicadores são elementos que oficializam a passagem do homem pela terra. A data do nascimento, os anos de vida, os índices da poupança, o prazo de validade dos alimentos que repousam nas prateleiras dos supermercados, a taxa de morte  de pessoas vitimadas pela fome e, até, o nível de colesterol presente no plasma sanguíneo, são alguns dos inúmeros percentuais que ditam as regras do mundo moderno.
            Muitos destes parâmetros são simbólicos, embora respeitados e acreditados como se materializados fossem. Eis que, nesta linha de raciocínio, já se vão 2014 anos desde o nascimento do Menino Jesus, e, durante todo este tempo, que muito pouco representará se comparado ao infinito das eras, foi justamente nas últimas seis décadas que descobertas científicas modificaram o comportamento da humanidade. Os computadores chegaram para viabilizar a internet que, por sua vez, não somente fez diminuir distâncias como, principalmente, estabeleceu um sincronismo comportamental entre jovens e adultos, definindo novo linguajar e oferecendo aos dedos da mão, uma nova e fundamental atribuição que é fazer fluir as páginas dos sites, cada vez mais diversificados e fundamentais à sobrevivência dos seres racionais.
Quando os conceitos definem, em um único segundo, que o ano velho é substituído pelo novo tempo, neste mágico instante, festejado com o espocar de fogos, brindes e degustação de romã e lentilhas, é que 2013 sai definitivamente de cena, abrindo alas para o sequencial numérico imediatamente superior. Neste ínterim, ocorre a simbiose, justamente quando as expectativas se renovam e planos antigos adquirem ares de jovialidade. Nunca é tarde (ou cedo) porém, para se aceitar que o futuro de cada um é feito por seus próprios passos, e, mais que nunca, o sentimentalismo emprestado ao percurso, muito vai depender das pessoas que acompanham o trajeto.
            Drumond  falou, um dia, que o grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da própria história. Complemento esta ideia do imortal afirmando: curtir a vida pode não custar nada, desde que a felicidade seja o insumo básico do cotidiano, apresentando o sorriso como alimento da alma e o otimismo como uma crença inabalável, a honestidade nada mais representando que um dever a ser cumprido e o amor à família sendo o receituário de cura para todos os males.
            Cumpridas as tarefas, obedecidos os indicadores, 2014 surgiu ensolarado, ensejando esperanças para todos e, assim, no limiar de um novo tempo, o que mais importa é desejar ao próximo  não somente  prosperidade, mas, acima de tudo,  muitas guerras:  por mais sabedoria, decência e coerência nos que podem mudar o Brasil; por esforço e garra a Neymar e companhia para deixarem em nosso país a copa do mundo de futebol; por mais segurança, educação e saúde para o brasileiro tão sofrido e ludibriado pelas autoridades da hora.
Enfim, muitas guerras por dias melhores a serem vividos e que a paz seja constante, vencendo a desarmonia, ao tempo em que cada um passará a entender: na vida, a época mais importante para ser feliz é o agora...

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