O ex-vice-prefeito de Satuba, José Zezito Costa, foi a segunda testemunha a ser ouvida nesta terça-feira (19) no julgamento do caso Paulo Bandeira, morto em 2003 por denunciar desvio de verbas da educação pública do município.
À época, o ex-vice-prefeito e também secretário municipal de Educação disse em depoimento à polícia que chegou a ser ameaçado por Adalberon de Moraes após o crime. A ameaça teria ocorrido após Zezito se recusar a assinar um documento que o incriminava pela morte do professor Paulo Bandeira. De acordo com o ex-vice-prefeito, Adalberon de Moraes teria pedido, ainda, que ele deixasse a cidade de Satuba.
Questionado pelo juiz John Silas, Zezito, o ex-prefeito pareceu ter ficado satisfeito ao encontrar o corpo do professor Paulo Bandeira carbonizado na Fazenda Primavera.
Primeiro depoimento do dia
O segundo dia do julgamento da morte do professor Paulo Bandeira começou com o depoimento da ex-diretora da Escola Municipal Josefa da Silva Costa, Nanci Pimentel. Nanci era a pessoa de confiança de Adalberon de Morais à época em que ele era prefeito.
O segundo dia do julgamento da morte do professor Paulo Bandeira começou com o depoimento da ex-diretora da Escola Municipal Josefa da Silva Costa, Nanci Pimentel. Nanci era a pessoa de confiança de Adalberon de Morais à época em que ele era prefeito.
Nanci chegou a ser citada no processo, mas a Justiça entendeu que ele não teve participação no crime e, por isso, ela está no julgamento na condição de testemunha.
A ex-diretora confirmou que o frasco de álcool encontrado no local do crime era igual ao dos lotes que havia na escola em que o professor trabalhava, comprados pela prefeitura.
No final do depoimento da ex-diretora, houve excesso entre os advogados de defesa e acusação, porque já havia passado o tempo de fala de Nanci e ela pediu mais tempo para “alguns esclarecimentos”. Como defesa e acusação não se entendiam, o juiz John Silas ficou de pé e pediu que a testemunha contasse para ele o seu esclarecimento.
O professor teria deixado uma carta onde fala que a ex-diretora desviou R$ 540 de uma gincana da Escola. Nanci Pimentel apresentou documentos que comprovam que ela não desviou dinheiro. “Só tomei conhecimento bem depois dessa carta. Nunca fui ameaçada pelo professor”, afirmou.
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